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Dois anos depois do incêndio, Museu Nacional comemora conquistas


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Dois anos depois do incêndio, Museu Nacional comemora conquistas

2 de setembro

 

Por Vinícius Monteiro

 

Há exatos dois anos o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, Zona Norte do Rio, pegou fogo. De lá para cá, houve muita mobilização, doações e conquistas. Em 2020, parte da rede elétrica do museu foi reformada com o aporte financeiro de R$ 300 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Hoje, graças a essa ajuda, tanto o departamento de vertebrados quanto o horto botânico estão com instalações elétricas novas.

 

Ao todo, o fomento fluminense ao Museu Nacional foi de R$ 2,8 milhões, incluindo bolsas mensais de R$ 3 mil, pagas por 1 ano aos pesquisadores. O aporte contemplou 72 pesquisas, além das obras de infraestrutura e segurança do prédio anexo.

 

Entre as pesquisas amparadas pelo aporte do Governo do Estado está a que levou à descoberta de um novo fóssil de lagostim, encontrado na Ilha de James Ross, na Península Antártica, em expedição realizada pelo projeto Paleoantar em 2006. A pesquisa foi realizada em parceria com docentes do Museu de Paleontologia Plácido Nuvens, da Universidade do Contestado e da Universidade Federal do Espírito Santo.

 

Outra pesquisa amparada pelas bolsas da Faperj descobriu um novo dinossauro. O fóssil foi descoberto em 2008 na unidade geológica Formação Romualdo, na Chapada do Araripe no Ceará. Até 2016 foram feitas análises para se descobrir a maior variedade de informações possíveis que permitissem reconstruir como seria esse animal em vida. Em 2016, o fóssil foi levado para o Museu Nacional, para que uma pequena parte fosse preparada em detalhe. Apesar do trágico incêndio em 2018, a área onde estava essa peça não foi atingida e ele permaneceu intacto.

 

A pesquisa foi finalizada e agora, 12 anos depois de ser descoberto, está sendo formalizada a descoberta de um novo dinossauro, o Aratasaurus museunacionali. O nome homenageia a instituição científica mais antiga do Brasil, que foi fundamental para a finalização da pesquisa. Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco e da Universidade Regional do Cariri também contribuíram para a pesquisa.

 

Muito dos projetos contemplados pela Faperj estavam nas coleções que estão sendo resgatadas. Isso deu um suporte a mais para garantir que essas obras poderiam receber o devido tratamento e serem realocadas junto às coleções antigas. Ao longo desses dois anos, o Governo do Estado se empenhou em ajudar na reconstrução do Museu Nacional, apoiando os pesquisadores e suas pesquisas.

 

– Agradeço muito à Faperj e ao Governo do Estado. Mesmo diante da brutal dificuldade financeira, o Estado não permitiu que a ciência ficasse sem auxílio. Esse reinício para os pesquisadores através das bolsas foi fundamental. Foi um ato de suspiro, de acolhimento com a ciência do Rio de Janeiro e o Museu Nacional – disse o paleontólogo Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional

 

 

Fonte: Governo RJ

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