Balança comercial do Rio apresenta superávit no terceiro trimestre do ano
Pela primeira vez no ano, a balança comercial do Rio de Janeiro apresentou saldo positivo no último trimestre. As exportações entre julho e setembro movimentaram US$ 5,5 bilhões, enquanto as importações somaram cerca de US$ 3,1 bilhões. Com o resultado, o Rio de Janeiro apresentou superávit de US$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre, ante um déficit de – US$ 652 milhões no segundo trimestre e de – US$ 1 bilhão no primeiro trimestre. O superávit representa um aumento de 294%, quando comparado ao saldo da balança comercial do mesmo período do ano anterior, que foi de – US$ 1,2 bilhão.
O resultado foi divulgado no Panorama do Comércio Exterior Fluminense, estudo elaborado pela Superintendência de Relações Internacionais, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. A pesquisa foi baseada em informações da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia, e da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
Petróleo continua liderando exportações
Entre os principais produtos exportados, o óleo bruto de petróleo permaneceu na liderança, representando 71,9% da pauta comercial (US$ 4 bilhões). As exportações de produtos semimanufaturados de ferro e aço e minérios de ferro apresentaram um aumento, neste trimestre, de 25,9% (US$ 310,4 milhões) e 4,1% (US$ 120,8 milhões), respectivamente. Este aumento se deve à expansão da economia chinesa e à ampliação de sua demanda por commodities, como minério de ferro. Além disso, com a pandemia da Covid-19, também houve um incremento em 238,3% na venda de produtos farmoquímicos (US$ 581,8 milhões).
China é o principal destino das exportações
Com relação ao destino das exportações, a China continua sendo o principal parceiro do Estado. As vendas para este país alcançaram US$ 3 bilhões, representando 55% de tudo que o Rio de Janeiro exportou no 3º trimestre. Isso se deve basicamente ao crescimento de 4,9% do PIB chinês e à retomada das exportações e importações deste país no 3º trimestre.
No período, os embarques de produtos fluminenses para os Estados Unidos somaram US$ 721 milhões. Além da China e Estados Unidos, também figuraram entre os principais destinos dos produtos fluminenses Espanha (US$ 307 milhões); Países Baixos (US$ 205 milhões) e Chile (US$ 213 milhões).
Segundo relatório publicado pela Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento, apesar da queda no comércio mundial de 5% registrada entre o período de julho e setembro, esse valor foi bem menor que o registrado no segundo trimestre, quando a retração foi de 19%, confirmando este avanço.