Durante o inverno, alguns equipamentos da Prefeitura foram destinados ao acolhimento de pessoas em situação de rua. Por causa da pandemia de coronavírus e do inverno, os prédios foram cedidos temporariamente para acolher pessoas em situação de vulnerabilidade social.
De acordo com Rafaela Maria Gabriel, gerente de serviço do CEU Aricanduva, a ideia principal do projeto é oferecer uma estrutura para essa população, principalmente nos dias mais frios do ano. “O objetivo é acolher a população nessa situação de vulnerabilidade”, explica. No local, os usuários podem jantar, tomar banho e café da manhã. Há também camas separadas, com travesseiros e cobertores, para que eles possam dormir confortavelmente.
Atualmente, o CEU localizado na Zona Leste recebe cerca de 150 pessoas diariamente. Segundo Rafaela, há um estudo detalhado de cada caso para decidir quem pode permanecer no local. “Às vezes, algumas conseguem trabalho ou conseguem retomada de família. Então, a equipe técnica faz toda a avaliação para manter aqui aqueles que precisam, enquanto a gente busca uma vaga fixa em algum outro local”, informa Rafaela.
Ainda de acordo com a gerente de serviço, diversas atividades são desenvolvidas para entreter aqueles que permanecem todo o dia no CEU. “Sempre indicamos atividades, para criar vínculo com o espaço. Uma das propostas criadas foi a horta comunitária. É um vínculo com a terra, terapêutico e de sociabilidade deles”. A equipe técnica do local também oferece jogos e atividades lúdicas, além de alfabetização aos finais de semana. “Não podemos esquecer que aqui é uma escola e que no final de tudo isso a gente vai devolver para a comunidade”, explica Rafaela.
