Cem mil mortes. Neste sábado o Brasil registrou a triste marca dos 100.240 óbitos causados pela Covid-19, após quase cinco meses da primeira morte oficial, no dia 12 de março. O País é o segundo isolado em números absolutos de vítimas fatais em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Desde o início da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou a gravidade da doença, desrespeitou as recomendações de autoridades sanitárias para conter a disseminação do vírus e manteve o discurso negacionista diante da crise de saúde ao afirmar que “houve um superdimensionamento” da Covid-19 no Brasil.
Veja 70 frases do presidente Jair Bolsonaro que minimizavam a crise da Covid-19:
“Estamos preocupados obviamente, mas não é uma situação alarmante. Não existe nenhum caso confirmado no Brasil”, disse o presidente ao chegar de um compromisso oficial em Nova Délhi, na Índia.
No dia 6 de março, em um pronunciamento na televisão, Bolsonaro falou que “ainda que a crise do novo coronavírus possa se agravar, não há motivo para pânico “.
O presidente disse que a imprensa exagerou sobre a gravidade da Covid-19. “Tem a questão do coronavírus também que, no meu entender, está superdimensionado, o poder destruidor desse vírus”.
Durante um discurso em um evento em Miami, nos Estados Unidos, o presidente falou que a “questão do coronavírus” não é “isso tudo” e se trata muito mais de uma “fantasia” propagada pela mídia no mundo todo.
“Obviamente temos no momento uma crise, uma pequena crise. No meu entender, muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propala ou propaga pelo mundo todo”, afirmou o presidente.
“O que eu vi até o momento é que outras gripes mataram mais do que essa (do novo coronavírus). Assim como uma gripe, outra qualquer, leva a óbito”, avaliou o presidente, em entrevista no Palácio da Alvorada.
“Muitos pegarão isso independente dos cuidados que tomem. Isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Devemos respeitar, tomar as medidas sanitárias cabíveis, mas não podemos entrar numa neurose, como se fosse o fim do mundo”, declarou o presidente em entrevista ao canal de notícias CNN Brasil.
“Apesar de o meu teste ter dado negativo, eu não vou apertar a mão de vocês. Nunca tinha visto ali qualquer problema. Se bem que, para a imprensa que está ouvindo ali, se eu tivesse com o vírus ou não tivesse, não estaria sentindo nada. Vida segue normal, um grande desafio pela frente, muitos problemas para serem resolvidos”, afirmou o presidente.
“Não vou viver preso dentro do Alvorada. Se eu resolvi apertar a mão do povo, é um direito meu, eu vim do povo. Tenho obrigação de saudar o povo”, afirmou o presidente, no dia 16 de março em entrevista à Rádio Bandeirante, após descer a rampa do Palácio do Planalto.
“Se eu me contaminei, tá certo? Olha, isso é responsabilidade minha, ninguém tem nada a ver com isso”, disse o presidente, no dia 16 de março, após ser questionado sobre cumprimentos à apoiadores no Planalto.
Ao deixar o Alvorada, Bolsonaro disse que não apertaria a mão dos apoiadores que se aglomeravam em uma área cercada na entrada do palácio, mas pediu a eles que se aproximassem. “Vou evitar apertar a mão aí de vocês. Chega mais para a gente conversar. Obrigado pela presença. Alguma coisa aí?”, questionou.
“Como (o vírus) está vindo, tem que ser diluído. Em vez de uma parte da população ser infectada num período de dois, três meses, que seja entre seis, sete, oito meses”, disse em entrevista à rádio Tupi.
“O problema é grave, preocupante, mas não chega ao ponto da histeria. Já tivemos problemas mais graves no passado (referindo-se à H1N1) e não teve essa comoção nacional”, falou em entrevista coletiva aos jornalistas.
A resposta do presidente aconteceu após ele ser questionado por jornalistas se faria um novo exame para detectar a Covid-19. “Depois da facada, não vai ser gripezinha que vai me derrubar, não. Tá ok?”, declarou Bolsonaro.
“Vão morrer alguns pelo vírus? Sim, vão morrer. Se tiver um com deficiência, pegou no contrapé, eu lamento”, disse Bolsonaro. A declaração foi dada no dia 21 de março em entrevista ao “Programa do Ratinho”.
“É uma questão grave, mas não podemos entrar no campo da histeria” , afirmou ao responder, no dia 22 de março, pergunta sobre o que o governo federal estava fazendo contra o desabastecimento de alimentos e produtos nas cidades, em entrevista para a TV Record.
“Brevemente o povo saberá que foi enganado por esses governadores e por grande parte da mídia nessa questão do coronavírus. (…) Espero que não venham me culpar lá na frente pela quantidade de milhões e milhões de desempregados na minha pessoa”, falou em entrevista à TV Record.
“O número de pessoas que morreram de H1N1 foi mais de 800 pessoas. A previsão é não chegar aí a essa quantidade de óbitos no tocante ao coronavírus”, disse, no dia 22 de março, ao se referir ao surto de H1N1, ocorrido em 2009.
“O que se passa no mundo mostra que o grupo de risco é de pessoas acima de 60 anos. Então, por que fechar escolas? Raros são os casos fatais, de pessoas sãs, com menos de 40 anos de idade”, disse durante pronunciamento para rádio e televisão.
O presidente Jair Bolsonaro comparou, em pronunciamento em rede nacional, a contaminação por coronavírus a uma “gripezinha” ou “resfriadinho”. “Pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria acometido, quando muito, de uma gripezinha ou resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico, daquela conhecida televisão”, afirmou.
“Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada. A proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa”, disse em pronunciamento na televisão. Bolsonaro ainda acrescentou que o País está enfrentando o vírus e que “brevemente passará” esta crise.
Em entrevista aos jornalistas, o presidente disse que espera que o vírus não mate ninguém, mas afirmou que outros vírus mataram e, nas palavras dele, não houve “essa comoção toda”. “O que estão fazendo no Brasil, alguns poucos governadores e alguns poucos prefeitos, é um crime. Eles estão arrebentando com o Brasil, estão destruindo empregos”, afirmou o presidente a jornalistas.
“É mais fácil fazer demagogia diante de uma população assustada, do que falar a verdade. Isso custa popularidade. Não estou preocupado com isso! Aproveitar-se do medo das pessoas para fazer politicagem num momento como esse é coisa de COVARDE! A demagogia acelera o caos”, postou o presidente em seu Twitter.
“Eu acho que não, não vamos chegar a esse ponto (tantos casos quanto nos Estados Unidos), até porque o brasileiro tem que ser estudado. O cara não pega nada. Eu vi um cara ali pulando no esgoto, sai, mergulha… Tá certo?! E não acontece nada com ele”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro desrespeita quarentena e debocha da imprensa. “Mostra ali. Atenção povo do Brasil. Esse pessoal diz que eu estou errado e tem que ficar em casa. Aí eu pergunto, o que vocês estão fazendo aqui? Imprensa brasileira o que vocês estão fazendo aqui? Estão com medo do Coronavírus não? Vão pra casa. Todo mundo sem máscara”, falou.
O presidente da República, Jair Bolsonaro afirmou que alguns governadores querem “fazer número político” com dados sobre as contaminações e mortes decorrentes do novo coronavírus. Durante entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, Bolsonaro chegou a duvidar dos dados divulgados pela Secretaria de Saúde de São Paulo: “Não estou acreditando nesses números”, disse o presidente.
Após retornar de um passeio pelo Distrito Federal, o presidente disse que enfrentaria a pandemia do novo coronavírus no Brasil “como homem, não como um moleque”. Sustentou, ainda, que deseja poupar vidas, mas minimizou as preocupações com a Covid-19: “Todos iremos morrer um dia”.
O presidente Jair Bolsonaro declarou que desconhece hospitais lotados no Brasil por conta da Covid-19 e que a doença “não é tudo isso que estão pintando”. “Eu desconheço qualquer hospital que esteja lotado. Desconheço. Muito pelo contrário”, afirmou para apoiadores na frente do Palácio da Alvorada.
O presidente disse em entrevista ao apresentador José Datena que o vírus ” é igual a uma chuva . Ela vem e você vai se molhar, mas não vai morrer afogado”. “Vai molhar 70% de vocês. Isso ninguém contesta. E toda nação vai ficar livre de pandemia depois que 70% for infectado e conseguir os anticorpos. Ponto final. Agora, desses 70%, uma pequena parte, que são os idosos e que têm planos de saúde, vai ter (sic) problemas sérios”, disse.
“Esse tratamento (com hidroxicloroquina), que começou aqui no Brasil, tem que ser feito, segundo as pessoas que a gente tem conversado, até o quarto ou quinto dia dos primeiros sintomas”. “Há 40 dias venho falando do uso da hidroxicloroquina no tratamento do Covid-19. Cada vez mais o uso da cloroquina se apresenta como algo eficaz”, disse o presidente.
O presidente voltou a passear por Brasília em meio à pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro visitou uma drogaria em Brasília, ficou em frente ao balcão do comércio e não respondeu sobre o propósito da visita. Questionado sobre para mais onde iria hoje, respondeu: “Eu tenho o direito constitucional de ir e vir. Ninguém vai tolher minha liberdade de ir e vir.”
“Quarenta dias depois, parece que está começando a ir embora a questão do vírus. Mas está chegando e batendo forte o desemprego”, afirmou o presidente em uma videoconferência com lideranças religiosas.
Na posse do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender que o comércio reabra as portas. “Essa briga de começar a abrir para o comércio é um risco que eu corro. E se agravar, vem para o meu colo”, disse Bolsonaro, acrescentando que “muita gente já está tendo consciência de que tem que abrir”, pontuou.
O presidente Jair Bolsonaro defendeu o retorno do País à normalidade.”Não tem que se acovardar com esse vírus na frente”, afirmou o presidente em live realizada em frente ao Palácio do Planalto e transmitida em sua página do Facebook. Ele ainda criticou governadores que adotaram medidas para fechar o comércio. “Os Estados estão quebrados. Falta humildade para essas pessoas que estão bloqueando tudo de forma radical.”
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não é “coveiro”. “Presidente, hoje tivemos mais de 300 mortes (são 113; depois de divulgar, o Ministério da Saúde corrigiu). Quantas mortes o senhor acha que…”, perguntava um jornalista quando Bolsonaro o interrompeu. ” Ô, cara, quem fala de… Eu não sou coveiro, tá certo?”, declarou o presidente.
O repórter, então, tentou fazer novamente a pergunta. “Não sou coveiro, tá?”, repetiu o presidente da República.
Durante a reunião ministerial que ocorreu no dia 22 de abril, o presidente Bolsonaro chamou o governador de SP, João Doria, de “bosta” e o governador do RJ, Wilson Witzel, de “estrume”. A fala foi proferida enquanto Bolsonaro falava da situação do novo coronavírus nos estados.
No dia 28 de abril, o presidente foi perguntado por um repórter o que ele tinha a dizer sobre o recorde diário de mortes notificadas naquele dia. Ao que o presidente respondeu: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse, em referência ao seu nome, Jair Messias Bolsonaro.
Em seguida, o presidente perguntou se alguém gravava a entrevista ao vivo. Quando soube que sim, se direcionou a essa pessoa e disse que lamentava as mortes. “Lamento a situação que nós atravessamos com o vírus. Nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, que a grande parte eram pessoas idosas. Mas é a vida. Amanhã vou eu”, disse ele.
Um dia após ter dito “E daí?, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a cobrança sobre as mortes provocadas pelo novo coronavírus no Brasil deve ser feita a governadores e prefeitos. “O Supremo decidiu que quem decide essas questões (de combate ao novo coronavírus) são governadores e prefeitos. Então, cobrem deles. A minha opinião não vale. O que vale são os decretos dos governadores e prefeitos”, afirmou Bolsonaro, ao lado de deputados aliados e diante de apoiadores.
“Eu convidei o garoto da CGU (Wagner Rosário), tô cometendo um crime, vou fazer um churrasco no sábado aqui em casa e convidei aí o Wagner, o ministro da CGU, vai trazer o filho dele de 13 anos, falei que ele não olhe pra Laura se não o bicho vai pegar, tá certo? E vamos bater um papo aqui, quem sabe fazer uma peladinha com alguns ministros, alguns servidores mais humildes estão ao meu lado, ok?”, afirmou Bolsonaro.
Após dois dias, por meio de uma rede social, o presidente falou que as notícias de que ele faria um churrasco neste sábado, no Palácio da Alvorada eram “fake” e chamou de “idiotas” jornalistas que o criticaram por organizar a festa em meio ao aumento de mortes pelo novo coronavírus no Brasil.
O presidente Jair Bolsonaro disse que só divulgaria os resultados de seus exames da Covid-19 se perder o processo em última instância. “Se perdermos na última instância, (mostro os exames) sem problema”, afirmou na saída do Palácio do Planalto.
Após desistir de promover o churrasco que anunciou durante a semana, o presidente Jair Bolsonaro aproveitou o sábado para andar de jet ski no Lago Paranoá, em Brasília. Em um dos vídeos que circulam nas redes sociais, o presidente se aproxima de um barco e conversa com os tripulantes sobre a pandemia do novo coronavírus. “É uma neurose. 70% (da população) vai pegar o vírus, não tem como. É uma loucura”, afirma o presidente
Em mais uma série de críticas às medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos no enfrentamento ao novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “o Brasil está quebrando” e que, se isso ocorrer, a economia não se recupera, “como alguns dizem”. “Vamos ser fadados a viver em um país de miseráveis, como tem alguns países da África sub-saariana. Nós temos que ter coragem de enfrentar o vírus. Está morrendo gente? Tá. Lamento? Lamento, lamento. Mas vai morrer muito, muito, mas muito mais se a economia continuar sendo destroçada por essas medidas (dos governos locais)”, defendeu.
Jair Bolsonaro falou sobre o decreto que assinou para liberar academias de ginástica, salões de beleza e barbearias como serviços essenciais durante a pandemia do novo coronavírus. “Eu não falo inglês, como é? Lockdown. Não dá certo, e não deu certo em lugar algum do mundo. A Suécia está bem com sua economia. Se morrem 100 pessoas aqui e 100 no Uruguai, há uma diferença enorme. Lá a população é 30 ou 40 vezes menor do que a nossa”, afirmou.
No dia 2 de junho, o Brasil passou das 30 mil mortes. O presidente afirmou que é “o destino de cada um”. “Eu lamento todos os mortos, mas é o destino de todo mundo”, afirmou o presidente. Em seguida, Bolsonaro disse que o vírus “é uma coisa que vai pegar em todo mundo”. Ele acrescentou que não soube de ninguém que tenha morrido por falta de UTI ou de respirador.
O presidente voltou a defender, em conversa com apoiadores, o uso da cloroquina no combate às infecções pelo novo coronavírus. “O pessoal que reclama da cloroquina, então dê alternativa. Que diga ‘sou contra isso’, mas aponte qual é a outra .. Sabemos que pode ser que não seja tudo isso que alguns pensam, mas é o que aparece no momento. Pode, mas tem muito relato de pessoas, muito médico favorável. A briga farmacêutica é muito grande”, disse, em transmissão gravada por apoiadores.
O presidente Jair Bolsonaro foi questionado por jornalistas sobre os atrasos na divulgação de dados sobre a pandemia do novo coronavírus.
Sem que ninguém fizesse qualquer menção a nenhum órgão de imprensa específico, o presidente disse: “Acabou matéria do Jornal Nacional”.
O presidente da República voltou a criticar a Organização Mundial da Saúde e disse que pensa em romper relações com o órgão. “A OMS é o seguinte. O Trump cortou a grana deles, voltaram atrás em tudo. Um cara que nem é médico. E eu adianto aqui. O Estados Unidos saiu (sic) da OMS e a gente estuda, no futuro, ou a OMS trabalha sem o viés ideológico, ou nós vamos estar fora também. Não precisamos de gente lá de fora dar palpite na saúde aqui dentro”, afirmou o presidente.
No dia 10 de junho, enquanto conversava com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro mandou uma mulher que o questionava sobre o número de brasileiros mortos pela pandemia da Covid-19 “cobrar do seu governador”.
No dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 40 mil mortes e 800 mil infectados pelo novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu aos seus seguidores que entrassem em hospitais de campanha e hospitais públicos e filmem o interior para averiguar se os leitos estão livres ou ocupados. “Pode ser que eu esteja equivocado, mas na totalidade ou em grande parte ninguém perdeu a vida por falta de respirador ou leito de UTI. Pode ser que tenha acontecido um caso ou outro. Seria bom você fazer, na ponta da linha, se tem um hospital de campanha aí perto de você, um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro fez várias postagens em sua conta do Twitter. “Luto para fazer a minha parte, mas não posso assistir calado enquanto direitos são violados e ideias são perseguidas. Por isso, tomarei todas as medidas legais possíveis para proteger a Constituição e a liberdade do dos brasileiros”. Ele se referia a ações de prefeituras e estados que definiam o distanciamento social para combater a infecção pelo novo coronavírus.
“Só pode haver democracia onde o povo é respeitado, onde os governados escolhem quem irá governá-los e onde as liberdades fundamentais são protegidas. É o povo que legitima as instituições, e não o contrário. Isso sim é democracia”.
O presidente Jair Bolsonaro retirou a máscara durante a entrevista coletiva na qual confirmou que foi contaminado pelo novo coronavírus. “É para vocês verem minha cara, eu estou tranquilo, estou bem, tudo na paz”, afirmou.
Com o resultado positivo para o novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro falou em “superdimensionamento” em torno da pandemia. “No meu entender, houve um superdimensionamento . Sabemos da fatalidade do vírus para aqueles que têm uma certa idade, como eu, acima de 65, bem como para aqueles que têm comorbidades, tem doenças ou outros problemas”, disse.
Bolsonaro afirmou que as medidas restritivas levaram “pânico à população”. “Medidas outras exageradas, no meu entender ou não, levaram um certo pânico a sociedade no tocante ao vírus. Todo mundo sabia que mais cedo ou mais tarde ia atingir uma parte considerável da população. Se eu não tivesse feito o exame, não saberia do resultado. E ele acabou de dar positivo”.
“Confesso que eu achava que já tinha pego lá atrás, tendo em vista a minha atividade muito dinâmica perante a população e digo mais: eu sou o presidente da República e estou na frente de combate, não fujo a minha responsabilidade e nem me afasto do povo. Eu gosto de estar no meio do povo. Então tendo em vista esse meu contato com povo, bastante intenso nos últimos meses, eu achava até que já tivesse contraído e não ter percebido, como a maioria da população brasileira, que contrai o vírus e não percebe a contaminação”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro disse que Luiz Henrique Mandetta, seu ex-ministro da Saúde, “semeava pânico” com o discurso sobre isolamento, quarentena e a necessidade de “achatar a curva” do novo coronavírus. “Olha o problema que vamos ter pela frente. Vamos preservar vidas? Sim. Mas repito: quando resolveram lá atrás partir para o achatamento da curva… Lembra do Mandetta: vamos achatar curva, caminhão do Exército pegando corpos na rua, semeando pânico”, falou.
Jair Bolsonaro também sugeriu que as pessoas com sintomas da Covid-19 procurem médicos para saber se devem tomar o vermífugo conhecido pelo nome comercial Annita. “Também agora está aí, estão apresentando o Annita. Não sou médico, não recomendo nada para ninguém. O que recomendo é que você procure o médico… Você que está com parente, amigo, um idoso com sintomas, procure um médico. Doutor, você ministra hidroxicloroquina ou não? Ministra Annita ou não? O médico vai falar alguma coisa. Ele pode falar ‘vai para casa e deite’. Aí você decide e procura outro médico se quiser”, afirmou.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso de hidroxicloroquina no tratamento contra a Covid-19. “Se não temos alternativa, vamos com a hidroxicloroquina”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro disse que não é preciso ter pavor em relação ao novo coronavírus e voltou a defender que se repense a política de isolamento social. “Estou muito bem… Não precisa ter pavor no tocante ao vírus”, disse.
Sem citação direta, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em live que o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi uma “desgraça” durante o tempo em que esteve à frente da pasta.
“Depois de 20 dias dentro de casa a gente pega outros problemas. Peguei mofo, mofo no pulmão”, disse o presidente Jair Bolsonaro. A declaração, seguida de uma gargalhada, foi dada quase ao encerrar a sua tradicional transmissão ao vivo no Youtube que acontece semanalmente.
O presidente Jair Bolsonaro lamentou o fato de que sua visita ao Vale do Ribeira, no sul do estado de São Paulo ser adiada. “Pela segunda vez, eu vi na televisão agora há pouco que o senhor governador de São Paulo, sua excelência João Doria, nada a ver com a minha ida lá, mas iria baixar um decreto transformando em área vermelha o Vale do Ribeira. Se isso acontecer, eu vou ser obrigado a mais uma vez adiar a minha ida ao Vale do Ribeira”, disse Bolsonaro, durante a live transmitida por Facebook e YouTube. “Quero convidar João Doria a ir no meu helicóptero”, acrescentou.
O presidente ironizou a vacina produzida pela China, que está sendo testada em parceria com o governo João Doria (PSDB-SP), seu adversário político. “Se fala muito da vacina da Covid-19. Nós entramos naquele consórcio lá de Oxford. Pelo que tudo indica, vai dar certo e 100 milhões de unidades chegarão para nós. Não é daquele outro país não, tá ok, pessoal? É da Oxford aí. Quem não contraiu o vírus até lá… Eu não preciso tomar porque já estou safo (sic)”, disse Bolsonaro em transmissão pela internet.
O presidente Jair Bolsonaro viajou até Bagé, no Rio Grande do Sul, onde voltou a provocar aglomerações e a defender o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19. “Todos vocês vão pegar um dia. Eu sabia que um dia ia pegar. Como, infelizmente, eu acho que quase todos vocês vão pegar um dia. Tem medo do quê? Enfrenta! Lamento, lamento as mortes. Morre gente todo dia de uma série de causas, né? É a vida, é a vida”, afirmou ele.
“Quase nove milhões perderam empregos no segundo trimestre. Eu já vinha falando lá atrás que teria no mínimo duas ondas. Muita gente diz, e eu também digo, que esse efeito colateral (da economia) é mais grave que o próprio vírus (…) Desemprego, em grande parte, alguns governadores e prefeitos têm essa responsabilidade”, afirmou.
O presidente Jair Bolsonaro falou que está com a consciência tranquila e que fez “o possível e o impossível” para salvar vidas. “Estamos com a consciência tranquila. Não existia, naquela época, como não existe, uma vacina, não existia medicamento, apenas a promessa, no primeiro momento, da hidroxicloroquina, depois outras coisas apareceram”, disse o presidente.
O presidente Jair Bolsonaro fez uma piada de cunho homofóbico ao lembrar a iniciativa do prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni (MDB), que pretende testar a eficácia da aplicação retal de ozônio no tratamento da Covid-19. “Pô, tu veio de Santa Catarina, cara?”, perguntou o presidente a um apoiador que afirmava vir do estado catarinense. “Estou preocupado que você é de Santa Catarina. Não é de Itajaí, não, né?”, seguiu Bolsonaro, provocando risos entre os apoiadores.
O presidente Jair Bolsonaro lamentou, em live semanal no Facebook, os quase 100 mil mortos por conta do novo coronavírus no Brasil. “A gente lamenta todas as mortes, vamos chegar a 100 mil, mas vamos tocar a vida e se safar desse problema”, disse o presidente, ao lado do ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello.
“Talvez em dezembro, janeiro, exista a possibilidade da vacina, e daí esse problema estará vencido poucas semanas depois. E o que é mais importante nessa vacina, diferente daquela outra que um governador resolveu acertar com outro país, vem a tecnologia pra nós”, disse o presidente em discurso na cerimônia, que foi transmitida ao vivo pela TV Brasil.
Bolsonaro voltou a fazer propaganda sobre o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19. “Quem não quer tomar cloroquina, não tente proibir, impedir quem queira tomar, afinal de contas, ainda não temos uma vacina e não temos um remédio comprovado cientificamente”, disse.
As 30 vezes em que Bolsonaro desobedeceu o isolamento social:
Dois dias após a primeira recomendação de isolamento social no Brasil, o presidente participou de uma manifestação organizada por apoiadores em Brasília;
O presidente Jair Bolsonaro descumpriu a orientação de ficar em quarentena após ter contato com uma pessoa infectada pelo novo coronavírus e deixou o Palácio da Alvorada;
O presidente voltou a criticar a “histeria” em torno da pandemia que já atingia vários países no mundo, afirmando que seu aniversário de 65 anos – dali a poucos dias – contaria com uma “festinha tradicional”;
Bolsonaro afirmou que o número de mortes pela Covid-19 não ultrapassaria a quantidade de vítimas da epidemia de H1N1, que, segundo ele, causou 800 mortes;
O presidente Jair Bolsonaro visitou um churrasquinho em uma praça de Taguatinga. O vídeo do momento, publicado no Twitter dele, mostra o chefe do Executivo, em meio à pandemia do novo coronavírus, conversando com o vendedor de espetinhos e com pessoas que se aglomeraram em volta dos dois;
Bolsonaro causou aglomerações nas ruas e em um supermercado após um tour por bairros de Brasília. em máscara e cercado por uma equipe, o presidente apertou a mão de trabalhadores e tirou fotos abraçado com algumas pessoas;
Bolsonaro foi fotografado comendo pão doce e uma padaria. Um vídeo do passeio foi publicado em sua página pelo próprio filho, Eduardo Bolsonaro;
O presidente foi flagrado em meio à multidão, escregando o nariz e, em seguinda, dando a mão a uma mulher idosa. O gesto foi registrado em vídeo;
O presidente Jair Bolsonaro ignorou mais uma vez as recomendações de distanciamento social por conta do novo coronavírus e fez um novo passeio por Brasília;
O presidente Jair Bolsonaro voltou a desrespeitar recomendações das autoridades sanitárias e participou de uma manifestação em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
Contrariando as recomendações da Saúde, Bolsonaro recebe o empresário e dono da Havan com um abraço e sem o uso da máscara cirúrgica;
Em uma viagem fora da agenda, o presidente cumprimentou com apertos de mãos e abraços dezenas de pessoas, entre as quais idosos e crianças. Além disso, o presidente voltou a criticar as medidas de isolamento;
O presidente Jair Bolsonaro deixou o Palácio do Alvorada, em Brasília, e passeou em uma moto aquática pelo Lago Paranoá. Bolsonaro pilotou acompanhado de um segurança, ambos sem máscara;
Bolsonaro voltou a passear pelas ruas de Brasília , quando parou para comer um cachorro-quente e cumprimentar apoiadores;
Sem máscara ou qualquer equipamento de proteção individual, o presidente Jair Bolsonaro participou de um ato de apoio ao seu governo no centro de Brasília e chegou a pegar duas crianças no colo;
Após visitar uma instalação do exército no interior de Goiás, o presidente e sua equipe foram fotografados em um restaurante da capital;
Bolsonaro participou de um churrasco com convidado no sítio do cantor Amado Batista;
O presidente Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo em uma rede social em que aparece passeando a cavalo e acenando a apoiadores. O presidente não usava máscara;
Bolsonaro acompanhou uma blitz da Polícia Rodoviária Federal ao lado do pastor Silas Malafaia e alguns ministros. Mais uma vez sem máscara, o presidente não comentou perguntas de jornalistas que indagaram sobre as mais de 35 mil mortes causadas pela Covid-19 até aquela data;
O presidente recebeu militantes na porta do Palácio da Alvorada, criticou imprensa, mas evitou comentar protestos;
A Justiça Federal no Distrito Federal determinou que o presidente tem que usar máscara em todos os espaços públicos. Na semana seguinte, o presidente provocou uma aglomeração na cidade de Araguar i, em Minas Gerais, onde tirou o equipamento de proteção individual para cumprimentar de longe um grupo de apoiadores que o aguardava;
O presidente sobrevoa Santa Catarina após estragos causados pela passagem de um ciclone-bomba. Em Florianópolis, distribuiu apertos de mãos;
Bolsonaro paricipou de um churrasco em comemoração ao dia da independência dos Estados Unidos na casa do embaixador norte-americano no Brasil. O presidente publicou fotos do evento em suas redes;
Bolsonaro anunciou a infecção pela Covid-19 . Mesmo adoecido pelo vírus, o presidente voltou a minimizar a doença, inclusive retirando a máscara de proteção durante o pronunciamento à imprensa;
Bolsonaro publicou um vídeo em suas redes sociais alimentando emas na residência oficial. Ele chegou a colocar a máscara no queixo enquanto falava à câmera, manuseada por um cinegrafista.
Diagnosticado com a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro saiu à frente do Palácio da Alovorada para a cerimônia de arriamento da bandeira nacional. O presidente baixou a máscara para falar com apoiadores;
O presidente Jair Bolsonaro foi fotografado passeando de moto na área externa do Palácio da Alvorada . No caminho, parou para conversar com garis, sem usar máscara de proteção;
Em sua primeira viagem após se recuperar da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro tirou a máscara de proteção e se juntou a uma aglomeração de apoiadores;
O presidente da República participou do lançamento de um condomínio popular construído com recursos federais, em Bagé, na Região da Fronteira do Rio Grande do Sul. Ele ficou sem máscara para tirar fotos com crianças, abraçou apoiadores, cumprimentou pessoas, além de provocar aglomeração;
O presidente Jair Bolsonaro saiu do Palácio da Alvorada para um passeio de moto e não usava máscara.