Daniela Reinehr (sem partido) assumiu como governadora interina de Santa Catarina na última terça (27), e durante coletiva de imprensa, evitou responder se concorda com ideais neonazistas e negacionistas sobre o holocausto judeu, que matou mais de 7 milhões de pessoas durante a 2ª guerra mundial.
O questionamento foi feito por conta de polêmicas que seu pai, o professor de história Altair Reinehr já protagonizou.
Altair já tirou uma foto em frente à casa em que Adolf Hitler nasceu, na Áustria, e reclamou em um texto que “nem é permitido lembrar obras reconhecidamente positivas” de Hitler na economia e na indústria.
Além disso, o pai da governadora testemunhou a favor de Siegfried Ellwanger Castan , fundador da Editora Revisão, que publicava livros antissemitas que negavam o holocausto. Siegried foi condenado à prisão neste processo pelo crime de racismo.
Daniela, que substitui Carlos Moisés (PSL) , afastado do cargo por conta de suposto crime de responsabilidade, também foi julgada, mas foi absolvida neste inquérito.
O repórter Fábio Bispo, do Intercept Brasil questionou Reinehr se ela corroborava com as ideias de seu pai e pediu sua opinião.
Daniela Reinehr disse que tinha acabado de ser “julgada por atos de terceiros” e quegostaria de responder apenas pelos seus atos e que não poderia responder sobre o que outros pensavam, mas que respeitava os direitos individuais.
“Eu respeito, volto a dizer, respeito as pessoas independentemente dos seu pensamentos, respeito os direitos individuais e as liberdades. Qualquer regime que vá contra o que eu acredito, eu repudio”, afirmou a governadora, sem especificar qual governo repudia.
“Existe uma relação e uma convicção que move a mim, e acredito que a todos os senhores, que se chama família. Me cabe, como filha manter, a relação familiar em harmonia, independente das diferenças de pensamento, das defesas (de ideias)”, completou.