Nesta quinta-feira (17), os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiram, por doze votos a um, punir o juiz Marcelo Bretas por participar de eventos políticos ao lado de Bolsonaro.
Marcelo Bretas , responsável pelos processos da Lava Jato no Rio de Janeiro, foi punido com a pena de censura. Por isso, ele não poderá “figurar em lista de promoção por merecimento pelo prazo de um ano, contado da imposição da pena”, conforme determina a Lei Orgânica da Magistratura.
Em fevereiro de 2020, Bretas participou de um evento de inauguração de uma obra pública na Ponte Rio-Niterói. Na ocasião, ele subiu em um palanque ao lado do presidente Jair Bolsonaro e do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Depois, Bretas participou de um culto religioso ao lado dos dois políticos.
Os desembargadores consideram que o juiz federal praticou autopromoção e superexposição da sua imagem.
Para o relator Ivan Athié, “mesmo não tendo discursado em momento algum ou praticado gestos, o juiz nada tinha que estar em uma atividade de inauguração com políticos de várias matrizes”.