InícioPOLÍTICAEm ano de pandemia, Bolsonaro gasta mais que Temer com cartão corporativo

Em ano de pandemia, Bolsonaro gasta mais que Temer com cartão corporativo


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Jair Bolsonaro de terno acenando para plateia
Alan Santos/PR

Equipe presidencial de Jair Bolsonaro chegou a considerar o fim do benefício do cartão corporativo

A média de gastos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o cartão corporativo segue alta mesmo em um ano de corte de despesas por conta da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). As informações são do jornal Folha de S.Paulo .

Até novembro deste ano, fatura mais recente divulgada pelo Portal da Transparência, o atual governo teve uma média mensal de desembolso superior à de Michel Temer (MDB). Os valores ainda chegam perto aos gastos de Dilma Rousseff (PT).

Em média, os gastos de Bolsonaro até agora foram de R$ 672,1 mil por mês. A quantia representa um aumento de 51,7% em relação ao governo de Temer. Comparado com Dilma, o montante é 2,6% menor.

Por mês, Dilma teve uma média de gastos de R$ 690,2 mil, enquanto Temer usou R$ 442,9 mil do dinheiro público. Os dados são do Portal da Transparência do governo federal, que reúne informações de 2013 a 2020, e foram corrigidos pela inflação do período.

Antes de assumir o governo, a equipe de Bolsonaro chegou a avaliar o fim desses cartões, que desencadearam um escândalo político com auxiliares do ex-presidente Lula. Os cartões corporativos, porém, ainda continuam funcionando e ainda sem o detalhamento dos desembolsos.

Neste ano, até o mês de novembro, o Bolsonaro desembolsou mais no cartão corporativo do que no ano passado. Ele gastou R$ 7,86 milhões, contra R$ 7,6 milhões em 2019, seu primeiro ano de mandato.

No início deste ano, Bolsonaro justificou um gasto alto de R$ 1,9 milhão que teve em fevereiro porque, segundo ele, saiu do cartão corporativo um desembolso de R$ 739 mil para financiar o resgate de brasileiros que estavam em Wuhan, na China .

Sem a despesa com a operação de resgate, o presidente gastou, ainda assim, uma média de R$ 640 mil por mês com o cartão, 44,5% a mais que Temer e 7,3% abaixo de Dilma.

Os cartões corporativos costumam ser usados, entre outras despesas, para financiamento de operações de segurança durante deslocamentos presidenciais. Eles também são empregados para a compra de materiais, prestação de serviços e abastecimento de veículos oficiais, além de eventos na residência oficial.

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