As investigações da CPMI das Fake News identificaram, ao menos, 33 endereços IP ligados a três funcionários do deputado estadual Douglas Garcia, do PTB, que estariam envolvidos em um suposto esquema de ‘linchamento virtual’, com a propagação de fake news.
A informação foi dada pelo deputado Alexandre Frota, no depoimento prestado à Polícia Federal, no último dia 29, no inquérito que apura o financiamento e divulgação de atos antidemocráticos.
As informações delatadas por Alexandre Frota implicam diretamente a Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. No caso de Eduardo, os investigadores identificaram IPs de computadores supostamente responsáveis pela ‘orientação, determinação e divulgação’ de ‘fake news’ e ataques virtuais em dois endereços ligados ao filho do presidente.
Alexandre Frota também apontou que Eduardo Bolsonaro é apoiador do movimento, tendo compartilhado ataques à ex-aliada de Bolsonaro, Joice Hasselmann, que foram criados pelo Brasil Conservador.
Frota ainda afirmou que os três assessores de Douglas Garcia são ligados ao movimento Brasil Conservador, que é coordenado pelo deputado estadual e Edson Pires Salomão, seu ex-chefe de gabinete.
Este último é investigado no inquérito das fake news no Supremo e foi alvo de buscas em maio no âmbito das apurações. Na época, os agentes apreenderam computadores no gabinete de Garcia na Assembleia Legislativa de São Paulo.