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Bolsonaro tem rejeição de 46% em São Paulo; Doria tem de 39%, diz Datafolha


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Doria e Bolsonaro de ternos um ao lado do outro
Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Doria e Bolsonaro protagonizaram embates durante a pandemia da Covid-19

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), estão com altos índices de rejeição na cidade de São Paulo e estão com dificuldades de converter votos para os candidatos que eles apoiam nas eleições municipais em São Paulo. Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (25) tem rejeição de 46% na capital, enquanto o tucano tem 39%.

Uma versão anterior do mesmo levantamento já havia mostrado que ambos os políticos não são padrinhos muito eficientes para os candidatos associados a eles. Os nomes são o prefeito Bruno Covas (PSDB), que concorre à reeleição e é apoiado por Doria, e o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), que está na disputa por um partido que faz parte da base do governo federal e já recebeu sinalização de que é apoiado por Bolsonaro.

No caso do presidente, ele tem uma aprovação na cidade de 29%, enquanto o mesmo percentual dos entrevistados considera seu governo regular. Não souberam responder 2%.

Não é possível fazer uma comparação direta com levantamentos anteriores, mas a comparação dos resultados sugere que a capital paulista é mais refratária que o resto do país ao presidente. Na pesquisa feita em agosto Bolsonaro tinha 37% de aprovação e 34% de reprovação no país todo.

A faixa etária que mais aprova o presidente é a dos entrevistas acima de 60 anos, idade na qual o percentual chega a 39%. Enquanto isso, 43% dos mais ricos (acima de 10 salários mínimos) e 40% dos evangélicos têm a mesma avaliação. Nesse último grupo, a avaliação de Russomanno é parecida, de 37%.

Agora falando em rejeição, ela é mais acentuada para Bolsonaro entre mulheres (50%), jovens (54% entre quem tem de 16 a 24 anos e 55% dos entre 25 e 34 anos). Já no recorte étnico, 59% dos pretos acham o presidente ruim ou péssimo.

Do lado de Doria, que foi eleito com Covas para o cargo de vice-prefeito em 2016 e deixou a Prefeitura para o tucano quando concorreu ao governo do estado em 2018, o cenário não é muito diferente.

O governador tem uma aprovação baixa na cidade, apenas de 21%. O resultado empata tecnicamente com o percentual obtido por Covas, que é de 25%. Acham a gestão do governador regular 39%. Nesse caso, são dez pontos percentuais a mais do que o presidente.

O governo do tucano é mais bem aprovado na zona oeste da capital (22%), entre quem ganha entre 5 e 10 salários mínimos (33%) e entre aqueles que aprovam o governo de Covas (52% de ótimo e bom).

As rejeições a ele, no entanto, são maiores entre os moradores do centro (43%) e da zona leste (40%). O governador é considerado ruim ou péssimo por 52% dos mais abastados (acima de 10 salários mínimos).

O Datafolha entrevistou 1.092 pessoas em 21 e 22 de setembro, de forma presencial. A margem de erro é de três pontos percentuais.

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