Aliados próximos ao ex-presidente Lula (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ainda estão com dúvidas se os dois formarão mesmo uma aliança de esquerda para 2022. A informação é do jornal Folha de S. Paulo . Ambos têm um longo histórico de trocas de farpas, sendo que o pedetista já chegou a chamar o PT de “um bando de ladrão e mentiroso” e acusou Lula de ser o líder de “falcatruas”.
No início do mês passado, Lula e Ciro tiveram um encontro e conversaram de forma reservada por um longo período. Na ocasião, eles teriam feito as pazes e discutido movimentos de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Desde então, os ataques entre os dois pararam, mas uma aliança ainda é vista com desconfiança por líderes dos partidos do dois lados. Segundo aliados de ambos, o encontro pode ter amenizado alguns desentendimentos, mas as diferenças políticas permanecem.
Um cacique do PT diz duvidar que as desavenças sejam zeradas a tempo de permitir uma aliança para a eleição de 2022. O próprio petista afirma que, ainda que o partido sinalize uma união, Ciro “não acredita” que a sigla vá apoiá-lo.
Do lado do PDT, o ceticismo é ainda maior. De acordo com um aliado, Ciro considera ter sido traído pelo PT na corrida de 2018 e acha que a legenda ainda trabalha para manter sua hegemonia na esquerda.