Uma das críticas reiteradas é a questão dos equipamentos necessários para o acesso às plataformas de EaD. Embora seja evidente que o fornecimento das ferramentas de trabalho são obrigação do empregador, os professores se viram obrigados a comprar telefones celulares e computadores mais novos e potentes, além de contratar planos de banda larga mais rápidos, sem que recebessem qualquer tipo de compensação.
A falta de acesso à internet é ainda mais grave entre os estudantes. Enquanto os mais carentes ficam totalmente excluídos do ensino remoto, apenas uma minoria consegue acompanhar as atividades no tempo estipulado. E entre essas duas situações existem os alunos que tentam participar com recursos limitadíssimos, como, por exemplo, o acesso a um único computador ou telefone celular da família, que só fica disponível ao estudante à noite ” quando o pai ou a mãe volta do trabalho “, o que acaba obrigando os professores a estenderem sua jornada.
A falta de transparência e de participação democrática na escolha das plataformas e na elaboração do conteúdo das teleaulas também foi destacado por vários docentes. Eles ainda apontaram a incoerência do governo, que, depois de tantos anos sucateando as salas de informática e negligenciando a formação continuada dos professores, da noite para o dia passou a agir como se todos dominassem o ambiente virtual.