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Revolução Constitucionalista de 1932 – memórias da Alesp


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Neste 88º aniversário da Revolução que encheu o Estado de trincheiras, a opção foi não explicar fatos históricos sobre a data, o que pode ser visto nos livros de história. Desta vez, a ideia da reportagem foi resgatar memórias do movimento relacionadas à Assembleia Legislativa.

A importância da Revolução Constitucionalista de 1932 para o Estado de São Paulo pode ser medida com as homenagens prestadas ao movimento desde então. O nome da sede do Legislativo Paulista é uma delas: Palácio 9 de Julho. Além disso, duas constituições estaduais foram promulgadas em 9 de julho, para homenagear a data – as constituições paulistas de 1935 e de 1947.

Comissão da Medalha

A Assembleia Legislativa possui um riquíssimo material sobre 1932. Em 1962, para comemorar o 30º aniversário do movimento, a Alesp criou a Medalha da Constituição, para condecorar os voluntários que haviam participado da luta. Para ganhar a medalha, o ex-combatente tinha que provar a participação enviando documentos comprobatórios, que seriam analisados por uma comissão constituída especificamente para avaliá-los. Esses documentos estão, atualmente, sob a guarda da Divisão de Acervo Histórico da Alesp. São mais de dez mil registros. Dentre o material, estão fotografias, cartas trocadas com familiares e amigos, recortes de jornais, atestados, que contam a história dos bastidores da Revolução.

Alesp em 1932

Na data do movimento, a Assembleia Legislativa estava fechada por conta do governo provisório de Getúlio Vargas. Foi reaberta em 1935. Muitos dos deputados estaduais eleitos em 1935 haviam sido voluntários em 32 – mais uma prova da importância do movimento para os paulistas. Inclusive as primeiras mulheres eleitas deputadas estaduais, em 1935, haviam sido voluntárias de 32.

Veja alguns desses deputados combatentes e suas atuações:

Maria Thereza Silveira de Barros Camargo – voluntária no Hospital do Sangue de Limeira. Contribuiu na campanha de fornecimento de roupas aos soldados. Imprimiu, em sua gráfica boletins da revolução constitucionalista e também produziu corpos de granadas de mão.

Maria Thereza Nogueira de Azevedo – Trabalhou em atividades de assistência e provimento na região de Campinas.

Ismael Torres Guilherme Cristiano – Médico e piloto,voou em missões de guerra. Foi o primeiro aviador constitucionalista a sobrevoar o Rio de Janeiro, onde espalhou boletins da revolução.

Paulo Alpheu Monteiro Duarte – participou de várias frentes de batalha e foi ferido mais de uma vez. Comandou o Trem Blindado, foi preso e exilado.

Romão Gomes – liderou a única coluna invicta da Revolução de 1932. Após a revolta, foi exilado em Portugal. Homenageado com a denominação de presídio da Polícia Militar.

Carlos de Souza Nazareth – presidente da Associação Comercial de São Paulo em 1932, coordenou a arrecadação de recursos, alistamento de voluntários e apoio logístico ao exército paulista. Com a derrota do movimento, foi preso e deportado para Portugal. Regressou ao Brasil dois anos depois.

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