Representantes do Facebook e Twitter esclarecem políticas das redes em CPI das Fake News

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News teve três reuniões nesta sexta-feira (7/8). Em ambiente virtual, os parlamentares deliberaram sobre requerimentos da pauta e ouviram explicações a respeito de como Twitter e Facebook trabalham para combater a disseminação de notícias falsas.

O gerente de políticas públicas do Twitter no Brasil, Fernando Gallo, afirmou que a plataforma não possui regras para atestar a veracidade de conteúdos por acreditar não ter o papel de decidir o que é verdade. Apesar disso, ele garantiu haver comprometimento com o tema.

“Temos combatido cada vez mais proativa e agressivamente automações maliciosas e outros tipos manipulação de plataforma e desenvolvido também políticas relacionadas a alguns temas, como a que lançamos sobre covid-19, logo no início da pandemia e que veda 11 categorias de conteúdos”, disse Gallo.

Ele ainda citou as políticas de integridade cívica, que proíbe alguns conteúdos relacionados a eleições, e a de mídia sintética e manipulada, que permite à plataforma tomar medidas contra conteúdos distorcidos.

Facebook

Já a gerente de políticas públicas do Facebook Brasil, Monica Guise Rosina, esclareceu as quatro principais estratégias da plataforma para combater a desinformação. Elas consistem em remover conteúdos e contas que violem as políticas da rede; reduzir a distribuição de conteúdo de baixa qualidade; informar as pessoas e colaborar com as autoridades.

Segundo Monica, a plataforma combina o uso de tecnologia a uma equipe de pessoas especializadas. A inteligência artificial busca comportamentos e publicações que possam violar as regras da empresa e, “uma vez identificado, o conteúdo que pode ser falso segue para as agências de verificação de fatos. São elas que determinam, a partir de metodologias muito rigorosas, a veracidade ou não”, afirmou. O Facebook trabalha com 72 agências dessa natureza em 118 países.

O deputado Edmir Chedid (DEM), autor dos requerimentos de convite, comparou a internet com outros meios que utilizam punições. “Me preocupa muito a forma como as pessoas utilizam, o que sempre penso é que tem que ter um regramento”, afirmou. O presidente da CPI, deputado Caio França (PSB), agradeceu a presença dos representantes. “Se necessário for, convidaremos novamente para poder explicar, mas acho que foi de grande valia a participação”.

O blogueiro Allan dos Santos, o influenciador Felipe Neto e o comentarista Caio Coppolla serão convidados à CPI.

Também participaram do encontro as deputadas e os deputados Arthur do Val, Janaina Paschoal, Monica da Bancada Ativista, Paulo Fiorilo e Sargento Neri.