InícioPOLÍTICA SPRecomposição do Condephaat pode impedir demolição do Ginásio do Ibirapuera

Recomposição do Condephaat pode impedir demolição do Ginásio do Ibirapuera


Quando o Conselho de Defesa do Patrimônio (Condephaat) rejeitou a abertura de processo para o tombamento do Complexo Esportivo do Ibirapuera, foi retirado o último obstáculo para a demolição do ginásio. Em seu lugar será erguido um shopping center, o primeiro dos prédios comerciais que vão ocupar os 91 mil m² de área nobre. Mas, ao refutar o parecer técnico da Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico, favorável ao tombamento, 16 dos 24 conselheiros mostraram a quem estão submetidos.

“Só agora a sociedade está se dando conta da gravidade da situação”, afirmou Carlos Giannazi (PSOL), que vem denunciando a manobra de Doria desde o início. Com a edição do Decreto 64.186, em 15/4/2019, as universidades perderam o direito à livre escolha de seus representantes. Além disso, foram acrescidos ao conselho dois nomes de “notório saber” indicados pelo governador, ficando garantida a maioria em qualquer situação.

Entre os especialistas em preservação, já é antiga a mobilização contra o aparelhamento do Condephaat. Formada por 21 entidades, incluindo o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos/Unesco), a Rede Patrimônio Cultural Paulista reivindica desde seu lançamento na Alesp, em outubro de 2019, uma composição realmente representativa.

Giannazi salientou que o momento atual é diferente do início de 2019, quando houve “o início da privataria tucana na gestão Doria”, com o pacote de privatizações que também incluiu o Jardim Botânico, o Zoológico e o Zoo Safári. “Agora está havendo mais mobilização.”

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