“São duas horas de transporte público para ir e duas para voltar”, explicou a professora Lúcia Peixoto, que participou em 1º/10 de debate com o deputado Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi (ambos do PSOL) sobre os problemas da educação nos municípios. Lecionando na rede estadual, Lúcia se depara com outro problema. A prefeitura praticamente fechou o segundo ciclo do fundamental em sua rede, e a demanda foi absorvida pelo Estado à custa da superlotação de salas.
Roberta Araújo relatou a luta de Ourinhos, no Oeste Paulista, para manter o campus da Unesp. O único curso oferecido, Geografia, tem pouca demanda, e o motivo é óbvio: a desvalorização da carreira de professor no Estado, que não respeita nem mesmo o piso nacional salarial.
Conforme relatou Valdirene Carvalho, a prefeitura de Santos ainda não decidiu sobre a volta às aulas, embora seja evidente a pressão feita pelas escolas particulares nesse sentido. Por isso, a preocupação imediata do magistério na cidade é com a autonomia dos conselhos de escola para decidir o que acontece em cada comunidade. O professor Leonardo Ferreira, de Suzano, também considera a gestão democrática a única forma de melhorar não só a educação, mas qualquer serviço público.