InícioPOLÍTICA SPProfessores debatem problemas da educação nos municípios

Professores debatem problemas da educação nos municípios


A prefeitura de Caieiras, que faz limite com o distrito paulistano de Perus, encontrou uma maneira surreal para esconder o déficit de vagas em suas creches: desmembrou o período integral em dois turnos, das 6h30 às 13h30 e das 11h30 às 18h. Acontece que o município é uma cidade dormitório, já que grande parte de sua população trabalha na capital.

“São duas horas de transporte público para ir e duas para voltar”, explicou a professora Lúcia Peixoto, que participou em 1º/10 de debate com o deputado Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi (ambos do PSOL) sobre os problemas da educação nos municípios. Lecionando na rede estadual, Lúcia se depara com outro problema. A prefeitura praticamente fechou o segundo ciclo do fundamental em sua rede, e a demanda foi absorvida pelo Estado à custa da superlotação de salas.

Roberta Araújo relatou a luta de Ourinhos, no Oeste Paulista, para manter o campus da Unesp. O único curso oferecido, Geografia, tem pouca demanda, e o motivo é óbvio: a desvalorização da carreira de professor no Estado, que não respeita nem mesmo o piso nacional salarial.

Conforme relatou Valdirene Carvalho, a prefeitura de Santos ainda não decidiu sobre a volta às aulas, embora seja evidente a pressão feita pelas escolas particulares nesse sentido. Por isso, a preocupação imediata do magistério na cidade é com a autonomia dos conselhos de escola para decidir o que acontece em cada comunidade. O professor Leonardo Ferreira, de Suzano, também considera a gestão democrática a única forma de melhorar não só a educação, mas qualquer serviço público.

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