Na tarde de quarta-feira (7/10), dia marcado pelo secretário Rossieli Soares para a volta às aulas presenciais nas escolas públicas no Estado, Carlos Giannazi (PSOL) foi à tribuna da Alesp para comemorar o fracasso do “genocídio da Educação”. Ele informou que, apesar da cumplicidade do secretário municipal Bruno Caetano, das 4 mil escolas da prefeitura de São Paulo, apenas um CEI da zona leste abriu suas portas, de forma bastante limitada. O cenário foi semelhante no conjunto das redes municipais e na rede estadual, que contaram com a adesão de pouquíssimas unidades.
“Os pais não enviaram seus filhos porque eles sabem da situação no Estado, com mais de 1 milhão de contaminados e 36 mil pessoas mortas. São Paulo já passou a Itália e a Espanha no número de mortes”, comparou o parlamentar.
No mesmo pronunciamento Giannazi ainda repudiou uma declaração feita pelo secretário, talvez com o intuito de induzir as famílias mais carentes a permitirem que seus filhos se exponham ao perigo de contaminação.
“Rossieli afirmou que os alunos que não entregaram as atividades do ensino remoto poderão ser reprovados. Isso é uma crueldade sem precedentes. O secretário sabe muito bem que boa parte das nossas crianças e adolescentes não tem acesso à internet, não tem computador em casa e não tem celulares inteligentes, mas apesar de conhecer a realidade, abandonou os estudantes à própria sorte. Não lhes enviou computadores, não lhes pagou banda larga e agora quer puni-los falando em reprovação.”