Chico Poli, presidente do Sindicato de Especialistas da Educação (Udemo), escancarou a contradição do governo mostrando que persistem as quatro condições que justificaram o fechamento das escolas em março: não há vacina; não há tratamento eficaz; as escolas não têm infraestrutura para evitar o contágio; e há risco de vida para milhões de alunos e milhares de profissionais.
O sindicalista também afirmou que a consulta às comunidades escolares é um engodo, pois, qualquer que seja a decisão tomada, as atividades voltarão, nem que sejam para um só aluno. Para provar a afirmação, ele leu o trecho do Comunicado Externo nº 70 aos dirigentes regionais de ensino que explicita a arbitrariedade. “Não é necessário que se chegue a uma maioria para definir ou não a reabertura da escola”, diz o documento.
Pais de alunos, Cristina, Ana Paula e Everaldo relataram a falta de funcionários nas escolas para realizar os protocolos sanitários previstos. Eles citaram como exemplo a EE Rui Bloem, que atende 1.800 estudantes e conta com um único funcionário de limpeza. “São medidas impossíveis de serem cumpridas”, afirmou Ana Paula.