Uma pesquisa conjunta realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que a pandemia fez o brasileiro sofrer mais com as dores. No período, foi encontrado um aumento de 41% sobre problemas relacionados às dores na coluna, por exemplo.
Na Alesp tramita o Projeto de Lei 259/2020 com o objetivo de classificar a prática de exercícios físicos como atividade essencial para o cidadão. A autora da proposta, deputada Leticia Aguiar (PSL), afirmou que “buscar por saúde é uma das principais questões vivenciadas pelos paulistas neste momento em que a pandemia do novo coronavírus nos assola”.
Em entrevista à Rede Alesp, Mário Sahba, PHD em neuroanatomia, discutiu sobre o aumento das dores por postura ou estresse causado pela pandemia. Sahba destacou que no trabalho remoto as pessoas passaram a ficar mais tempo frente aos computadores, o que acaba interferindo no aumento das dores. Ele afirmou que “as pessoas ficam mais irritadas, e com maior potencial de estresse, mesmo com o músculo em repouso”.
Segundo ele, as pessoas ainda podem ter dores envolvendo fatores emocionais e físicos ou por questões de personalidade, como o perfeccionismo, que gera uma cobrança pessoal muito grande quanto ao desenvolvimento de tarefas profissionais. “Existem técnicas também para que a gente faça um equilíbrio entre o emocional e o físico para restabelecer as funções, fazendo com que o cérebro converse melhor com todo o organismo”, salientou Mário Sahba.
Para o especialista, uma das alternativas para evitar o desconforto com as dores é o maior cuidado com o corpo. Sahba recomendou ainda que a procura por um médico não deve ser feita apenas em caso de urgência.