Após quase dez meses do início da pandemia de Covid-19 no Brasil, o país ainda enfrenta dificuldades para aquecer e manter a economia ativa. Segundo levantamento feito pelo economista Marcel Balassiano, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o país deve registrar até o final do ano uma taxa de cerca de 13,4% de desempregados, além de queda no Produto Interno Bruto (PIB), por conta dos efeitos da doença. No entanto, apesar da crise financeira, foram registradas mudanças no mercado que podem ditar a forma como as empresas lidam com seus clientes.
As vendas on-line aumentaram durante o pico do isolamento social (entre abril e junho), de acordo com a empresa de inteligência de mercado Neotrust/Compre&Confie. Foram 5,7 milhões de usuários que fizeram a primeira compra na internet, totalizando um valor aproximado de quase R$ 2 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Neotrust.
O presidente da WSI Marketing Digital no Brasil, Caio Cunha, comentou sobre o crescimento dos negócios digitais durante a crise do coronavírus. “As empresas já estavam caminhando para o e-commerce e esse movimento foi acelerado por causa da pandemia. Com a maioria dos negócios fechando, essa mudança para a internet foi inevitável”. A WSI oferece serviços de consultoria para expansão e posicionamento no mercado on-line.
Caio afirma que as chances de manter um empreendimento digital são maiores se houver um planejamento flexível. “Ser ágil, testar novos métodos é fundamental, porque tudo é mensurável e essas informações são essenciais para se destacar no mundo digital”. Segundo dados do presidente da WSI, as empresas brasileiras investem cerca de 20% dos recursos em negócios na internet, a expectativa para o ano que vem é de 35%.