Horas mais tarde, em parceria com o vereador Celso Giannazi (PSOL) ” que mantém vinculado a seu mandato na Câmara Municipal o Conselho de Educação Infantil “, o deputado promoveu uma live com pais de alunos que compartilham o posicionamento. Thiago Luz, por exemplo, não vê o que seus filhos de 8 e 10 anos tenham a ganhar em três meses de aula na Emef Alípio Andrada Serpa que valha o risco a que estarão expostos.
Priscila Iwaszko, cuja filha de cinco anos estuda na Emei Dona Leopoldina, disse que a equipe de limpeza foi reduzida de oito para três funcionárias. “A prefeitura apresenta um protocolo de limpeza mas não dão nenhuma estrutura.”
Atuando como voluntária, a mãe Ana Paula Rabelo cuidou da disciplina na EE Paulo Rossi durante mais de um semestre em 2019, quando a unidade ficou sem um único servidor do quadro de apoio. Hoje, a escola tem três agentes de organização, o que é pouco para os 1.200 alunos. Também na EE Rui Bloem, onde estuda sua filha mais velha, a situação é caótica. São dois agentes para 1.800 alunos, em três turnos.
“Nós simplesmente não vamos mandar nossos filhos. Eles ainda são incapazes de se autoproteger”, disse Júlia Anadon. “Esse é o momento de defesa da vida, que deve ser o objetivo de todos nós”, concluiu Carlos Giannazi.