Embora haja cerca de 36 mil pessoas interessadas em adotar uma criança no Brasil, ainda existem quase 34 mil crianças e adolescentes vivendo em casas de acolhimento por todo o país, de acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça. Segundo esse levantamento, 83% das crianças têm mais de 10 anos e apenas 2,7% dos pretendentes aceitam adotar acima dessa idade.
Para a deputada Janaina Paschoal (PSL), coordenadora da frente parlamentar, pensar em maneiras de acelerar o processo de adoção, principalmente nos casos que favorecessem a adoção de crianças na primeira frase da vida, é tão importante quanto incentivar a adoção tardia.
“A demora no trâmite, o excesso de recursos em situações em que flagrantemente a família biológica não ficará com a criança, uma busca incessante de parentes que eventualmente queiram ficar com ela e o excesso de burocracia no processo de adoção podem prejudicar a criança”, disse, ao explicar que a Frente Parlamentar não tem como objetivo atrapalhar ou destruir o trabalho desempenhado na criação do Sistema Nacional de Adoção.
O deputado Estevam Galvão (DEM) considerou a frente uma ótima iniciativa que incentiva a discussão sobre o assunto. “Muitas dificuldades existem, mas quero crer que, com esse debate, nós possamos encontrar um caminho ou uma luz para a solução do problema”, disse.
Além dos já citados, também participou do evento o deputado Adalberto Freitas.