Depois de ter denunciado, em 18/11, o fechamento de salas do período noturno na EE Professor Francisco Alves Mourão, no distrito de Pedreira, e de todo o período noturno na EE Professora Esther Garcia, no Grajaú, Carlos Giannazi (PSOL) teve de voltar mais duas vezes à tribuna da Alesp, em 19 e 20/11, para elencar outras unidades vítimas do desmonte que está havendo na rede estadual, especialmente na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
São a EE Visconde de Congonhas do Campo, no Tatuapé (DE Leste 5), e a EE Caetano de Campos, na Praça Roosevelt (DE Centro). Ambas as escolas estão extinguindo todo o período noturno, regular e EJA. “As comunidades estão revoltadas. O governo está se aproveitando da fragilidade das pessoas, que não podem se mobilizar neste momento de pandemia, para massacrar a educação no Estado de São Paulo”, afirmou Giannazi.
No caso da Caetano de Campos, a escola foi incluída no Programa de Ensino Integral (PEI), que, apesar do nome bonito, exclui dois terços do alunado, transferindo justamente os mais carentes para unidades distantes. Com isso, o governador Doria prepara um cartão de visita para sua campanha à presidência em 2020, onde mostrará apenas os dados das escolas-vitrine.
“O secretário Rossieli mentiu quando disse que as escolas do PEI iriam manter o período noturno”, afirmou Giannazi, destacando que esse horário de atendimento é fundamental nas escolas da região central, já que os alunos trabalhadores não conseguirão chegar a tempo nas escolas de seus bairros.
