De acordo com o professor Leandro Lima, em Ribeira, o receio é ainda maior, já que a rede acolhe estudantes da vizinha Adrianópolis (PR), cujos habitantes vão frequentemente a Curitiba, a apenas 130 km. Em Iporanga, cidade com maior extensão e menor IDH, a preocupação é a falta de recursos para a compra de EPIs, relatou a docente Mara Miranda.
Também Guapiara está amedrontada. Com apenas 17 mil habitantes, já contabiliza sete mortes. Por outro lado, Erik Placedino relatou que 70% de seus alunos acompanham as aulas remotas, um bom índice para a região.
Na zona rural, a participação é mais baixa. Sandra Campos, que leciona em uma unidade a 12 km do centro de Itaóca, relatou a pouca disponibilidade de internet. “Os pais levam o único celular da família para o trabalho na roça, para buscar um lugar onde haja sinal. Por isso as atividades chegam sempre atrasadas”, lamentou, relatando que 40% dos estudantes recebem apenas materiais impressos.
Entre os alunos de Luedir Amorim, vice-diretor de uma escola a 14 km do centro de Barra do Chapéu, os conectados são apenas 50%, incluindo os que precisam subir em morros para encontrar sinal. Foi o menor índice de participação relatado na live.
“Nossa luta neste momento é para que o governo invista em tecnologia, dando aos alunos computadores, celulares e acesso à internet”, resumiu Carlos Giannazi (PSOL), ressaltando porém que, após a pandemia, nada pode substituir as aulas presenciais.
