Mais uma vez é usada a prática do “sucatear para depois privatizar”, artimanha que convém a opinião pública de que a administração direta não funciona e de que a suposta eficiência da gestão privada seria capaz de melhorar os serviços a um custo inferior, sobrando ainda lucro para remunerar o empresariado.
Essa falácia foi desmentida por Fernando Cássio, pesquisador de políticas educacionais na Universidade Federal do ABC, em live com o deputado Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi (ambos do PSOL). Ele afirmou que a pretendida economia de recursos não existe, porque ao longo dos anos os aditamentos contratuais superam e muito o custo original. “Esse argumento é uma ofensa aos servidores da Secretaria da Educação, que é muito profissionalizada. Além disso, as organizações sociais são uma porta para gestões de pouca transparência, haja vista os casos de corrupção na Saúde e na Cultura.”
Sua fala foi corroborada pela professora Serjane Paolillo. “A administração dos CEUs é muito bem-feita com os conselhos gestores. Essa alegada ineficiência é uma desculpa para acabar com uma política educacional que vem dando certo há muito tempo”. Também professor, Márcio Batista completou: “O dinheiro vai continuar saindo da prefeitura, só não se sabe se vai chegar aos CEUs da forma que merecemos.”
