InícioPOLÍTICA SPEducadores acreditam que protocolo de volta às aulas visa acalmar empresariado

Educadores acreditam que protocolo de volta às aulas visa acalmar empresariado


.
Para Fernando Cássio, autor de “Educação contra a Barbárie” (Boitempo, 2019), o anúncio da retomada das aulas em setembro não deve ser levado a sério. “Esse plano é um movimento do governo para lidar principalmente com a pressão das escolas privadas, que estão vendo uma fuga de alunos para a rede pública. ”

Integrante da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e da Rede Escola Pública e Universidade, o professor de políticas educacionais da UFABC considera que, muito provavelmente, a abertura será impraticável em setembro, uma vez que as curvas de contágio estão em pleno desenvolvimento e não há meios de fazer previsões seguras.

Se essa sinalização acalma o empresariado e a base mais reacionária do governo, Fernando lamenta que a “medida de gabinete”, tomada entre secretários de Educação e empresários da rede privada, crie uma ansiedade generalizada entre educadores, estudantes e seus familiares.

Carlos Giannazi (PSOL) – que conduziu em 24/6 roda de conversa também com o vereador Celso Giannazi (PSOL) e o professor Edivan Gomes – afirmou que o mais grave na proposta foi a falta de diálogo com os representantes dos trabalhadores (Apeoesp, Apase, Udemo, Afuse, CPP, Sinpeem, Aprofem, Sinpro etc.). “Foi algo de cima para baixo, só participaram entidades governamentais e patronais.”

Lecionando na rede estadual e municipal, na zona sul de São Paulo, Edivan está certo de que as famílias não permitirão que seus filhos participem de aulas presenciais nesse contexto. “Aqui, na periferia, a doença não é mais uma abstração.”

Últimas Notícias

MAIS LIDAS DA SEMANA