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Educação desmonta período noturno em bairros populosos da zona sul


Carlos Giannazi (PSOL) levou à tribuna da Alesp, em 18/11, um documento assinado por alunos, pais, profissionais da educação e entidades da região do Grajaú denunciando o fechamento do período noturno na EE Professora Esther Garcia. A alegação da Diretoria de Ensino Sul 3 é que há falta de demanda, premissa por si só insustentável, visto que se trata do distrito mais populoso da capital, com 445 mil habitantes.

Para Giannazi, que já lecionou nessa escola no início dos anos 1990, a atitude da Secretaria da Educação não é só uma crueldade contra os moradores de um bairro carente, mas acima de tudo um crime de responsabilidade, uma vez que atenta contra a LDB, a Constituição Federal. “A educação é um direito fundamental e o Estado tem de garantir o acesso, a permanência e a qualidade do ensino para crianças, jovens e adultos, incluindo aqueles que não tiveram acesso à educação básica na idade própria”, afirmou.

Outra comunidade mobilizada contra o desmonte da educação é a do Jardim Apurá, no distrito de Pedreira, onde estão sendo fechadas salas no período noturno na EE Professor Francisco Alves Mourão. Tampouco é crível a falta de demanda nessa unidade, a mais próxima do Parque dos Búfalos, onde foram construídos mais de 190 prédios do programa Minha Casa, Minha Vida, com capacidade para 3,8 mil famílias.

Giannazi já acionou o Ministério Público e o Tribunal de Contas pedindo intervenção nesses dois casos. “Eu tenho certeza de que o Geduc (Grupo de Atuação Especial de Educação do MP) vai tomar providências imediatas contra esses atos criminosos do governo Doria.”

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