Os parlamentares paulistas que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito responsável por apurar casos de notícias falsas nas eleições estaduais de 2018, reuniram-se, em ambiente virtual, nesta quinta-feira (3/12) com a finalidade de apresentar, discutir e votar o relatório final dos trabalhos desenvolvidos ao longo do funcionamento da comissão. O encontro foi presidido pelo deputado Caio França (PSB).
Os deputados debateram o parecer apresentado pelo deputado Sargento Neri (Avante), relator da comissão. No entanto, os membros do colegiado optaram pela aprovação do relatório feito separadamente pelos deputados Paulo Fiorilo (PT) e Monica da Mandata Ativista (PSOL).
O relatório aprovado abrange sugestões dos parlamentares e conta com um sub relatório proposto pelo deputado Thiago Auricchio (PL) e anexado na íntegra. O documento destaca os esclarecimentos prestados e elenca supostas ilicitudes a serem investigadas.
A alegação para a apresentação de um relatório alternativo, foi que os trabalhos realizados pela comissão teriam sido inconclusivos.
A deputada Monica da Mandata Ativista argumentou: “nossa CPI não é de um todo conclusiva, diversos fatores atrapalharam, a gente não pode dizer aqui que a gente conhece a verdade de um tema tão complexo”. A parlamentar destacou ainda os avanços feitos pela comissão, como o conceito de fake news e a possibilidade de terem ouvido as empresas de redes sociais. Monica rechaçou que qualquer ação tenha sido tomada com base em viés ideológico.
O resultado da votação foi de cinco votos favoráveis ao parecer alternativo, e dois votos favoráveis ao parecer do relator da CPI.
A deputada Janaina Paschoal (PSL), em endosso ao parecer elaborado pelo deputado Sargento Neri, foi contrária à proposta em separado, que definiu como injusta e parcial, “apesar de reconhecerem que os trabalhos são inconclusivos apresentam uma lista de supostas fake news, todas teoricamente praticadas por direitistas.”, disse. A parlamentar argumentou ainda que não observa lógica ao concluir sobre ilicitudes que não foram apuradas pela comissão.
Além dos citados, estiveram presentes na reunião o deputado Edmir Chedid e a deputada Carla Morando.