“O acesso à EJA não é um favor, não é assistência nem solidariedade, é um dever do poder público. Quem não pôde estudar na idade própria, não importa o motivo, tem esse direito garantido pela Constituição Federal, pela LDB, pela Constituição do Estado e pela Lei Orgânica Municipal de São Paulo”, afirmou o deputado.
Apesar de toda a legislação, a professora Vitória Keiko Vassoler lamentou existir uma clara intenção dos governos, estadual e municipal, de reduzir ao máximo o número de escolas e de salas que atendem os alunos mais velhos (a partir de 15 anos no ensino fundamental e de 18 no médio). Um reflexo dessa política se vê na Emef Érico Veríssimo, na Freguesia do Ó, onde Vitória leciona. Pela primeira vez em quase 30 anos a escola não tem salas de EJA.
Por isso a importância do conselho e de seu instrumento fiscalizador, o Observatório da Demanda, que municiam os parlamentares com informações objetivas para cobrar a atuação das secretarias municipal e estadual de Educação. “Cada sala que reabrimos ou que impedimos de fechar representa uma conquista”, afirmou o vereador Celso, um dos protagonistas da luta que reverteu a decisão de Bruno Covas de acabar com o Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (Mova). A live contou ainda com a participação do aluno Jeremias e do professor Alexandre Pinheiro.