Aplicativo simula contaminação por Covid-19 conforme características do ambiente escolar

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A pesquisadora da Universidade de Bristol, Patrícia Magalhães, apresentou em 27/8, durante live com o deputado Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi (ambos do PSOL), um aplicativo capaz de simular a taxa de contaminação por Covid-19 conforme as características ambientais. Em um trabalho conjunto da Ação Covid e da Rede Escola Pública e Universidade (Repu), a pós-doutora em física regulou o software para representar a realidade de duas escolas paulistas, uma “dispersa”, disposta em uma grande área aberta e outra “comprimida”, onde todas as atividades acontecem dentro de um prédio.

A partir dessa customização, passam a ser inseridos três parâmetros: densidade populacional; adesão aos protocolos de higiene e distanciamento social. “Ainda que tivéssemos escolas com salas grandes e arejadas, com pátios abertos, com todos os protocolos sendo seguidos à risca, se a frequência for de 35% dos alunos, 10% da comunidade escolar será infectada. Em uma escola mais adensada, esse número chegaria a 46%”, destacou a cientista.

A professora da rede municipal de Suzano, Ingrid Ribeiro, comparou o programa de volta às aulas de Doria com o de outros países. Para ela, a grande diferença é que São Paulo não conseguiu frear as contaminações.

Para Salomão Ximenes, professor de políticas públicas da UFABC, o simulador aponta que, no atual contexto, uma escola ideal poderia receber no máximo 20% do alunado. Como a realidade das periferias é o inverso disso, a melhor opção é manter as portas fechadas.

O simulador do coronavírus nas escolas pode ser consultado no site: acaocovid19.org/escolas