Agentes penitenciários vítimas do coronavírus e PL 529/2020 são assuntos na tribuna

Durante sessão ordinária desta quinta-feira (24/9), o deputado Carlos Giannazi (PSOL) comentou entrevista concedida à imprensa por Milton Ribeiro, ministro da Educação. “Ele fez um ataque brutal às famílias dos homossexuais dizendo que os gays vêm de famílias desajustadas. É um discurso de ódio, de intolerância contra a comunidade LGBT e suas famílias. Como um ministro da Educação se presta a uma intervenção como essa?”, indagou Giannazi. Durante a entrevista, Milton Ribeiro defendeu também a volta às aulas, atitude criticada por Carlos Giannazi. “O Brasil é o segundo país em número de mortes. É grave um ministro promover a volta às aulas num momento como este”.

As consequências da pandemia para os funcionários da segurança pública foram abordadas pelo deputado Coronel Telhada (Progressistas). “Este ano morreram 31 agentes penais e 26 detentos por Covid-19. O número de policiais mortos é maior do que detentos mortos”. Telhada também citou a liberação de presos pela Justiça. “Enquanto nós, cidadãos que trabalhamos, fomos confinados, a Justiça colocou na rua os bandidos. Este ano, por ordem da Justiça, foram liberados 5.551 presos. A Polícia Militar prende e a Justiça solta”, observou o parlamentar.

O Projeto de Lei 529/2020, do governador, foi criticado por Douglas Garcia (PTB). “O projeto extingue diversas instituições importantes. Não estou defendendo o inchamento do Estado. Estou defendendo que aquilo que é essencial permaneça. Não adianta fazer um processo de privatização se você está fazendo um monopólio, que é o que o governador pretende fazer”.

Presidiram a sessão o presidente Cauê Macris e os deputados Coronel Telhada, Delegado Olim, Douglas Garcia e Ricardo Mellão.