Durante a sessão ordinária dessa terça-feira, 23, a deputada Lêda Borges (PSDB) usou a palavra no Pequeno Expediente para falar sobre a gravidade da situação que Goiás tem enfrentado na pandemia da covid-19. Ela disse que queria mais uma vez fazer coro aos colegas, com relação à necessidade de testagem geral, já que é o Estado que menos testa no Brasil, o que causa muita subnotificação.
Com relação aos municípios, a parlamentar disse que Rio Verde tem feito o dever de casa, fazendo a testagem de quase de toda a população, o que mostra a real situação da pandemia no município. Já no seu município de origem, Valparaíso, o número saltou de 79 para 387 casos confirmados, em apenas um mês. E disse ainda que em um único dia, o município registrou mais dois óbitos.
Para Lêda Borges, essa situação a deixa muito preocupada, primeiro porque assim que a pandemia iniciou era necessário que os municípios, em especial, Valparaíso, que é de médio porte, contratasse pelo menos um epidemiologista. Segundo ela, existem recursos enviados pelo Ministério da Saúde, e deveria ter havido um planejamento, o que não foi feito.
Sobre as testagens, a deputada lembrou que já solicitou que os profissionais de saúde sejam testados de 15 em 15 dias e que os casos diagnosticados, os familiares também sejam testados, mas que o protocolo tem dificultado cada vez mais a testagem.
A deputada ainda falou sobre a falta de articulação dos governos para combater a pandemia. E revelou que perdeu um grande amigo em Valparaíso, um jovem de 38 anos, que demorou horas para conseguir um leito de UTI em Águas Lindas. Para ela, a alta ocupação dos leitos de UTI vai trazer mais mortes para o povo goiano. Por fim ela pediu aos prefeitos que priorizem a destinação de recursos para o combate à covid-19 e no sentido de se planejar para o pós-pandemia.