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Grupo de trabalho apresenta um programa de educação emocional à Comissão de Educação da Assembleia


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O grupo de trabalho voltado ao programa interprofissional Educação Emocional realizou primeira reunião, por meio de videoconferência, na manhã desta terça-feira, 30. Focado em resiliência e qualidade de vida, o intuito da iniciativa é a prevenção de estresse e adoecimento ocupacional para profissionais de educação, segurança e saúde. O encontro foi conduzido pelo deputado Coronel Adailton (Progressistas), vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Parlamento de Goiás, e contou com a participação dos profissionais responsáveis pelo projeto, doutores em saúde mental, Adriana Sadoyama, Geraldo Sadoyama, Bruno Marinho, a mestre Jackeliny Dias; secretário da comissão, Igino Lucas; Paloma Câmara e Márcio Barbosa, servidores da Casa de Leis. 

Durante a apresentação, Adriana pontuou que o objetivo é produzir um legado, voltado à melhoria das condições emocionais dos profissionais das áreas às quais o trabalho se destina. Ela explicou que o programa visa identificar e definir, junto aos gestores e responsáveis, aspectos práticos para execução e tempo disponível para o programa. 

O projeto, voltado à educação emocional, irá avaliar níveis de estresse, depressão, ansiedade, consumo de álcool e medicação, além de avaliar níveis de qualidade de vida, engajamento no trabalho e suporte social percebido.  Segundo a doutora, será realizado o mapeamento dos indicadores levantados por quartéis e unidades escolares. “Será discutido com os gestores, professores e coordenadores e responsáveis a adaptação do programa aos dados e demandas levantadas”, enunciou. Consta, ainda, do planejamento do programa, o treinamento de oficiais, gestores escolares e professores para atuarem como multiplicadores”, enunciou. “Com o programa, serão estabelecidas diretrizes para a educação permanente, da qual fazem parte a  capacitação da equipe, fornecimento de dados contínuos e novos treinamentos com base nos novos dados obtidos”, afirmou. 

Por sua vez, o professor Geraldo Sadoyama salientou que será responsável pelo banco de dados a ser formado com as informações dos participantes do projeto, para que seja realizada avaliação continuada, a fim de melhorar o trabalho, “que será deixado como legado para a educação e a segurança”, propõe. Já Bruno Marinho assinalou que será possível, com o uso das ferramentas aplicadas, traçar o perfil dos professores e militares, no que tange à educação emocional, dentro das especificações de cada área de atuação profissional. 

Paloma Câmara acrescentou que a psicoeducação, na área da segurança nesse projeto, está dentro do molde da educação aplicado em João Pessoa (PB), onde teve oportunidade de trabalhar com policiais federais e agentes penitenciários de presídios de segurança máxima, com resultados positivos. “Como são profissionais com nível de estresse elevado a aplicação funcionou muito bem. Após a intervenção, houve redução do nível de estresse, de qualidade do sono e no desempenho de suas funções”, acrescentou.

“Nosso intuito sempre é de intervenção para ajudar esses profissionais”, ressaltou Jackelyne Dias, ao assinalar que o trabalho proposto visa proporcionar suporte aos professores e gestores. “Alguns assumem a direção, mas nem sempre têm o preparo para exercer sua função”, assinalou. 

Coronel Adailton mostrou-se entusiasmado com o trabalho proposto e ressaltou a importância de todos os participantes serem profissionais da área. “Poderemos tirar do papel e fazer acontecer”, assinalou, ao fazer referência às condições de aplicação da proposta, apesar de reconhecer a resistência dos profissionais de segurança à interação com a educação emocional. O parlamentar garantiu trabalhar junto ao comando do Hospital da Polícia Militar (HPM), a fim de conseguir a adesão.

Dentre os resultados do encontro, foram agendadas novas reuniões para os dias 4, 5 e 6 de agosto, para novos encaminhamentos, além da participação de novos integrantes das áreas de saúde, educação e segurança, que serão convidados a integrar o grupo de trabalho, a fim de contribuir com os resultados. 

O grupo é resultado de audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em 2 de dezembro de 2019, denominada Saúde Mental dos Docentes e dos Profissionais de Segurança Pública. O requerimento, apresentado pelo Coronel Adailton, para a realização da reunião desta terça-feira, foi aprovado no dia 30 de maio.

Covid-19

Os profissionais de educação também se depararam com uma realidade totalmente diferente, com necessidades de readequação, inclusive de metodologia didática, frente ao enfrentamento à pandemia de covid-19. Nesse aspecto, esse grupo de trabalho tratará de oferecer suporte aos profissionais, da mesma forma que irá oferecer suporte aos profissionais de saúde. 

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