Mês colorido de laranja trata da prevenção da leucemia e incentiva a doação de medula óssea. Por causa da pandemia, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás vai aderir ao movimento em postagens nas redes sociais.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que somente em 2021, 10 mil novos casos de leucemia serão diagnosticados no Brasil. Outra triste estatística da doença: cerca de 6 mil pessoas morrem a cada ano vítimas do mal. A boa notícia é que como outros tipos de câncer, o diagnóstico precoce da leucemia, garante boas chances de cura.
A leucemia é um tipo de câncer que atinge a produção de células sanguíneas da medula óssea, levando a uma produção anormal dessas células. Existem mais de dez tipos da doença, que pode ser aguda ou crônica, porém quatro tipos são mais incidentes: a leucemia linfoide aguda (LLA) – a mais comum em crianças e jovens – a leucemia linfoide crônica (LLC), a leucemia mieloide crônica (LMC) e a leucemia mieloide aguda (LMA), que aparecem mais em pessoas acima de 50 anos.
As causas da leucemia não são exatamente conhecidas, mas acredita-se que elas acontecem por causa de uma mutação genética, mas não hereditária. Essa mutação tem algumas causas já identificadas, como a exposição à radiações e à substâncias químicas, em especial, o benzeno, em nível de intoxicação.
Nas leucemias agudas, a menor quantidade de hemácias provoca anemia e sintomas como fadiga, fraqueza, tontura, dores de cabeça, falta de ar, palpitação. A menor quantidade de plaquetas favorece hematomas e sangramentos, na gengiva, nas narinas, por exemplo. As leucemias crônicas costumam ser assintomáticas no início da doença, mas podem aparecer ínguas, além do inchaço do baço e do fígado, que pode provocar dores abdominais. O mais indicado como diagnóstico precoce é a realização de check-ups periódicos, já que um simples hemograma vai mostrar alteração nas células sanguíneas. Nesse caso, será feito o encaminhamento para um hematologista, que vai pedir exames complementares, como o mielograma, para confirmar o diagnóstico.
Felizmente, hoje, o diagnóstico da doença não é uma sentença de morte. Os tratamentos são eficazes e podem levar à cura em até 90% dos casos, dependendo de alguns fatores, como o tipo da leucemia e a idade do paciente. Existem também tratamentos muito eficazes para o controle da doença, que se forem seguidos corretamente, dificilmente vai evoluir para o óbito.
As terapias variam entre quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e o transplante da medula óssea. E esse é um dos pontos que o Fevereiro Laranja busca atingir: além de esclarecer sobre a doença, a campanha objetiva incentivar o cadastro para a doação de medula. Isso por causa da compatibilidade. Para que esse procedimento possa ser feito, é preciso que a medula do paciente e do doador sejam compatíveis. Procura-se essa compatibilidade primeiro entre os parentes mais próximos. Caso não seja encontrado ninguém, procura-se nos bancos de medula, como o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). E achar alguém compatível é difícil, portanto, quanto mais voluntários doando, maior a chance de o paciente encontrar e poder realizar o transplante.
Para se tornar doador de medula óssea, é necessário fazer o cadastro no hemocentro da sua cidade. É feita uma coleta de sangue no centro, que vai ser analisada e os resultados colocados no banco de dados. Depois disso, o doador pode ser chamado em qualquer momento, quando for constatada a compatibilidade com o paciente. Novos exames serão feitos e só então, a doação poderá ser efetivada.
Todos os anos a Assembleia Legislativa participa dessas campanhas, ajudando a difundir a medicina preventiva, trabalho que ficou prejudicado pelas alterações na rotina de trabalho, provocadas pela pandemia da covid-19. Mas a Casa continua dando sua contribuição e no Fevereiro Laranja não será diferente. A campanha será desenvolvida em parceria pela Diretoria de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho e a seção de Publicidade, Imagem e Identidade Corporativa (SPI) nas redes sociais da Alego.