Promulgada no dia 2 de julho pelo Congresso Nacional, a Emenda Constitucional que adiou as eleições municipais, de outubro para novembro, é bem recebida pelos deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Goiás. Segundo a emenda, o primeiro turno ocorrerá em 15 de novembro e o segundo turno, nas cidades onde ele existir, em 29 de novembro. As datas anteriores eram 4 e 25 de outubro.
A campanha eleitoral, que teria início em 16 de agosto, agora só começa dia 26 de setembro. Todos os demais eventos do Calendário Eleitoral, originariamente previstos, ficam prorrogados por quarenta e dois dias. Os deputados estaduais da Alego dizem que o adiamento da eleição, em seis semanas, ocorre atendendo a recomendações de especialistas e entidades médicas.
A deputada Lêda Borges (PSDB) disse que foi uma “decisão acertada, sábia, por parte do Congresso Nacional, já que o momento é de, primeiro, se preocupar com a vida das pessoas, com a saúde das pessoas e de cuidar da população. E dá para aguardar, sim, para fazer a eleição nesta nova data”.
Para Alysson Lima (Solidariedade), “o adiamento se dá pela questão do pico da pandemia, e os próximos meses serão ainda de muita incidência de casos do novo coronavírus”. A decisão de adiar as eleições por cerca de 45 dias, vem, segundo ele, “no sentido de fugir desse pico, pois há um cenário de apreensão”. Ele diz que é a favor de alterar a data e também defende que haja eleições este ano ainda. “Em termos eleitorais, não muda muita coisa, porque o importante é ter o processo eleitoral este ano para consolidar os mecanismos democráticos, com eleição municipal a cada quatro anos. Então encaro com tranquilidade essa mudança de data. Nos próximos meses, a população vai absorver essa mudança”, completou.
Já o deputado Delegado Eduardo Prado (DC) disse que “é importante ter prorrogado a data das eleições, até porque a última coisa que as pessoas estão pensando é em processo eleitoral”. Segundo ele, “a situação é grave com a covid-19. São muitas mortes e preocupações, aflições psicológicas e econômicas, falta de leitos, desinformações. É um momento atípico no Brasil e no mundo. Então, foi salutar essa mudança da Câmara dos Deputados. E o próprio TSE também vem agindo nesse sentido, até porque para mudar para 2021, teria que haver mais mudanças constitucionais profundas. O momento é de focar e combater a doença que pega todos, de forma atípica”. Na questão política, segundo o parlamentar, a prorrogação dá um fôlego para que “todos possam focar apenas na covid-19 neste instante, sendo a única prioridade, por ora”.
Líder do Governo na Casa, o deputado Bruno Peixoto (MDB) disse que o adiamento das eleições é bom para “evitar aglomerações em um momento tão sério da pandemia, incentivando o distanciamento social e o uso constante de máscaras”. Para o emedebista, “os médicos e cientistas do Brasil recomendaram e, por isso, sou também favorável ao adiamento das eleições, conforme aprovado no Congresso Nacional”.