InícioPOLÍTICA GOCasa de Leis celebra Dia do Professor com mensagem à categoria. O...

Casa de Leis celebra Dia do Professor com mensagem à categoria. O texto traz entrevistas com profissionais da àrea


Hoje, dia 15 de outubro, é comemorado o Dia do Professor, data que celebra a profissão responsável pelo desenvolvimento educacional do país. A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) comemora essa data parabenizando os professores goianos.

São os professores os responsáveis por transmitir conhecimento e assegurar a correta compreensão destes. Eles fazem parte da formação pessoal de milhares de pessoas que tem oportunidade de frequentar uma escola.

A deputada estadual Delegada Adriana Accorsi (PT) afirma ser admiradora da profissão desde a infância pois, seus pais, Darci Accorsi e Lucide Sauthier Accorsi, foram professores que dedicaram toda vida ao ofício de educar e foram seus primeiros professores também.

“Desde a minha infância aprendi a importância desses profissionais para nossa formação e desenvolvimento. Como deputada tenho procurado sempre defender os direitos dos trabalhadores da educação. Defendo a educação pública de qualidade e os investimentos na área tanto no estado quanto nos municípios”, disse Adriana.

Valorização profissional

Gabriela Luccianni, professora no curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), coordenadora de estágio, leciona há 11 anos na instituição e acredita que a valorização do professor envolve alguns fatores fundamentais.

“Primeiro dar condições de trabalho para que ele possa desempenhar sua função com qualidade. Isso vai desde a estrutura física até os recursos e materiais necessários. Professor também tem uma necessidade de qualificação constante. A escola, a gestão em geral, precisa investir nisso, seja cedendo tempo para que ele faça essa qualificação, seja participando nesse processo”, ressaltou a professora.

Além disso, ela afirma que essa valorização profissional também envolve uma remuneração adequada e justa. “Temos professores que trabalham em duas ou três escolas para conseguir ter a remuneração necessária pra sobreviver”, disse.

Apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas por esses profissionais no Brasil, Luccianni acredita que as mudanças são difíceis, mas possíveis e devem começar na estrutura da cultura social. “É preciso mudar a cultura, trabalhar isso desde a infância, mas também deve vir de cima, das práticas de gestão. Sou formada em Jornalismo e em Direito, mas me interessei pela docência porque minha mãe era professora, eu tinha tia professora, meu pai foi professor por um tempo, e eu sempre os vi fazer isso com dedicação e alegria. Até hoje minha mãe está na direção de uma escola pública. Então, acredito que consegui valorizar essa profissão porque me foi ensinado isso em casa”, destacou ainda.

Assim como Luccianni, a professora da Universidade Paulista (Unip-GO) Jordânia Bispo acredita que é possível estimular a valorização do professor de diversas formas e ressalta a importância do reconhecimento diário desse profissional. “Reconhecimento no sentido de agradecer quem te ensina, quem te dá a mão, quem te guia pelo caminho. Reconhecimento da importância do professor no nosso dia a dia mesmo”, sugeriu.

“As pessoas falam muito que os professores dão ‘aula por amor’ e dão mesmo. Eu mesma sou apaixonada por sala de aula, essa foi uma escolha muito consciente. Uma das melhores escolhas da minha vida, mas é uma escolha profissional. Então, existe a parte do reconhecimento, mas também existe a parte da remuneração que precisa ser financeira. Acho triste quando muitos professores precisam se desdobrar em diversos empregos, assumir várias turmas para que consigam ter uma remuneração para ter uma vida minimamente confortável”, sustentou ainda a professora.

Ela acredita que há um contrassenso social que faz com que a maioria das pessoas valorize determinadas carreiras em detrimento de outas. “Muitos adolescentes são desencorajados a seguir carreira na docência. Todos os outros incentivos também inexistem. Por exemplo, quando se quer cortar verba, muitas vezes, isso ocorre na função do professor. É muito triste pois vivemos numa nação que é muito carente de educação”.

Porém, apesar dos percalços, a professora continua esperançosa. “Gosto de pensar que há muitas pessoas fazendo um trabalho muito sério, de formiguinha mesmo, para mudar essa situação e assim termos um país melhor. Venho de uma família extremamente humilde que vem se movimentando por meio da educação. Na minha vida a educação é central, acredito que não há caminho mais seguro para a transformação social do que a educação. Valorizar um professor tem a ver com reconhecimento social e financeiro. O dia que entendermos a centralidade do professor para nosso país, vamos ter um país e um mundo diferente”, disse Bispo.

Últimas Notícias

MAIS LIDAS DA SEMANA