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Campus da UEG em Morrinhos poderá levar o nome do ex-governador Helenês Cândido


O Campus da Universidade Estadual da Goiás (UEG), instalado em Morrinhos, poderá levar o nome do ex-governador Helenês Cândido. A homenagem foi proposta em projeto de lei  apresentado na Alego pelo deputado emedebista Henrique Arantes.

A unidade da UEG no município goiano passará então a se chamar Câmpus Governador Helenês Cândido se a propositura lograr êxito na Casa de Leis, em dois turnos de votação, e receber a sanção do governador Ronaldo Caiado.

Biografia

Helenês nasceu em Morrinhos, em 5 de janeiro de 1935. Formado pela Faculdade de Direito de Uberlândia (MG), atuou como deputado estadual por três mandatos e foi governador do Estado de Goiás de 24 de novembro de 1998 a 1º de janeiro de 1999.

Eleito pela antiga Arena, ocupou a Prefeitura Morrinhos de 1973 a 1977. Nesse período, foi presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM) de 1974 a 1975. Seu primeiro mandato de deputado estadual também foi pela Arena, de 1979 a 1983. No segundo biênio dessa Legislatura, ocupou a vice-presidência da Assembleia Legislativa.

Já no PMDB (atual MDB), foi eleito deputado estadual suplente em 1990 e empossado em abril de 1994, efetivando-se até o final da Legislatura. Em 1994, foi eleito deputado estadual pela sigla.

Em 1997, foi eleito presidente da Assembleia Legislativa e ficou no cargo até novembro de 1998, quando se afastou para assumir a Governadoria do Estado por 37 dias. Nos anos de 2000 e 2001 foi presidente estadual do MDB. 

Enquanto Presidente da Assembleia Legislativa, de 1997 a 1998, Helenês Cândido apresentou um projeto de lei que limitava a prática do nepotismo em Goiás. A Lei nº 13.145, de 9 de setembro de 1997, prevê, em seu artigo 1º, que “é vedado a membro de Poder ou a quem couber a prática dos atos de provimento em qualquer dos Poderes do Estado, nomear ou admitir cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo ou afim até o terceiro grau civil, em linha reta ou colateral, incluídos os de seus pares e subordinados até o terceiro escalão de hierarquia, para exercer cargo em comissão ou função gratificada no âmbito do Legislativo, Executivo e Judiciário ou permitir a permanência de servidores em desacordo com o disposto neste artigo”. A legislação foi sancionada pelo então governador Maguito Vilela, que também faleceu recentemente vítima da covid-19. 

Na justificativa que acompanha o projeto de lei, Henrique Arantes relembra que Helenês era um homem digno, sempre transparente e republicano, que alcançou o reconhecimento do povo goiano e será sempre lembrado pelo importante legado. “Sua biografia tem a marca indelével da ética e da dedicação ao próximo. Era um apaixonado por Morrinhos, cidade em que nasceu, viveu e venerou”, comentou.

O ex-governador tinha 86 anos e possuía comorbidades – era hipertenso e diabético. Ele havia sido diagnosticado com covid-19 e aguardava um leito de UTI. Estava internado no hospital de campanha de Santa Helena e, a caminho de Caldas Novas, onde seria internado no Hospital Nossa Senhora Aparecida, Helenês não resistiu e acabou morrendo no dia 17 de março de 2021.

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