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Após ouvir os deputados, presidente Lissauer coloca em votação e Plenário decide por manter sessões híbridas


Antes do início da sessão ordiária híbrida desta quarta-feira, 17, o presidente Lissauer Vieira (PSB) leu nota técnica da Diretoria de Sáude e Meio Ambiente do Trabalho que recomendava a realização de sessões 100% remotas, devido ao agravamento da pandemia do coronavírus no Estado.. Com isso, ele colocou em votação duas possibilidades: a de realizar as próximas sessões de forma totalmente remota ou continuar com as sessões híbridas, nas quais alguns deputados participam no plenário e outros virtualmente.

Após discussão e votação entre os parlamentares, a proposta de manter as sessões híbridas prevaleceu por 18 votos a 10. Mesmo assim, os gabinetes estarão fechados e apenas a parte administrativa da Alego vai funcionar.

Discussões

Durante a discussão das propostas, o deputado Álvaro Guimarães (DEM) defendeu a realização das sessões remotas devido ao grande risco representado pela pandemia. “A gente tem que pensar duas vezes em relação a isso. A gente está vendo e percebendo que a coisa cada dia que passa está pior e pessoas jovens estão indo a óbito”, disse.

Já o deputado Humberto Teófilo (PSL) defendeu o sistema híbrido. Para ele, não é possível esperar a vacinação de toda a população, pois demandaria muito tempo. Os tribunais estão adotando as sessões híbridas e vários locais também estão. Eu voto pela manutenção das sessões híbridas e todas as demais medidas adotadas pela diretoria de saúde”, disse.

A deputada Adriana Accorsi (PT) votou pela realização das sessões remotas por entender que a Alego é um local onde circulam pessoas de todo o Estado. “Nós devemos dar o exemplo. Se mantivermos o funcionamento normal, nós iremos contribuir para a contaminação de várias cidades do Estado”, disse.

A parlamentar aproveitou para cobrar a vacinação dos goianos. “Precisamos nos mobilizar para, junto com o governador, buscar vacina. As pessoas estão morrendo. Só ontem foram 59 pessoas. Nós precisamos vacinar os trabalhadores da educação que estão tendo que voltar às aulas”, pontuou.

O deputado Amauri Ribeiro (Patriota) também defendeu a manutenção das sessões híbridas. “Eu concordo em gênero e grau com que foi falado pelo deputado Humberto Teófilo. As sessões híbridas estão ajudando no andamento da Casa. Nós sabemos do perigo, mas sabemos também que o trabalho presencial é muito mais bem desenvolvido. Eu concordo com deputado Humberto Teófilo, com a deputada Lêda e outros deputados que sempre estão presentes nas sessões”, salientou.

A deputada Lêda Borges (PSDB) apoiou os defensores da manutenção do formato híbrido. Sou favorável a sessão híbrida com todos os cuidados e cautelas já mencionados. Eu acho que aqui nós produzimos mais e usar essa tribuna é importante. O que precisamos nesse estado é que o governador compre vacina e que prefeitos comprem vacina”, assinalou.

No mesmo sentido foi a opinião do deputado Gustavo Sebba (PSDB). “Como médico, como profissional de saúde, acho que nós temos parlamentares que são de um grupo de risco maior por causa da idade e por comorbidades e que, evidentemente, para esses parlamentares, o ideal é que eles estejam participando de forma remota. Mas nós temos um plenário que é amplo, que é arejado. A gente consegue manter um nível de segurança bom para aqueles deputados que se sentem à vontade em estar presentes”, disse.

Karlos Cabral (PDT) defendeu as sessões híbridas. “Eu acho que não é a sessão híbrida que vai fazer a diferença para nós. Os que quiserem aparecer pessoalmente que compareçam, cercados das devidas proteções. Eu prefiro estar presente. Me sinto mais integrado na discussão. Pegar o projeto, folhear e me manifestar com ele em mãos me deixa muito mais confortável do que fazer isso às vezes de longe”, afirmou.

O deputado Helio de Sousa se posicionou pela suspensão das sessões híbridas. “Talvez a gente não está conseguindo enxergar que a situação é grave, é gravíssima. O sistema de saúde hoje não está preparado para o provável aumento da contaminação. Não estamos preocupados apenas com os deputados. Mas também com os servidores e todos que frequentam a Casa”, comentou.

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