A morte da auxiliar de serviços gerais Isabel Ferreira de 37 anos, em Ceilândia, é um alerta para as mulheres procurarem a Polícia Militar para denunciar as violências cometidas por seus companheiros. Isabel foi morta a facadas pelo ex-companheiro dela na noite desta sexta-feira (8). O assassino fugiu.
Desde 2019, todos os batalhões da PM passaram a contar com uma equipe preparada para atender mulheres vítimas de violência doméstica. O Policiamento de Prevenção e Orientação à Violência Doméstica e Familiar (Provid) foi implantado oficialmente no Distrito Federal em 2005. Mas em Ceilândia, onde Isabel foi assassinada, o programa foi montado na década de 90 de forma experimental.
A coordenadora do Provid, capitão Vilela, salienta que muitas mulheres não denunciam as violências sofridas por medo. “Antes do feminicídio, sempre há ocorrências menos graves. Por isso, a mulher deve estar atenta ao comportamento do companheiro”, explica.
A capitão destaca que o autor de feminicídio nem sempre possui antecedentes criminais. “Às vezes, ele é um bom pai, um bom empregado, mas tem uma relação conturbada com a mulher”, frisa.
Por isso, é fundamental que vizinhos, parentes e amigos, se presenciarem qualquer situação violenta, procurem a polícia. O contato pode ser via 190 ou presencialmente em qualquer batalhão da PM.