De acordo com os agentes, um casal vítima dos criminosos procurou a delegacia para registrar que havia caído em um golpe após ver o anúncio de um imóvel no Recreio dos Bandeirantes para alugar, a um preço muito atrativo. Ao entrar em contato com a imobiliária responsável, as vítimas foram informadas que, por conta da pandemia, os corretores não poderiam mostrar a casa pessoalmente, mas garantiriam o aluguel do imóvel a partir do pagamento de um “seguro caução” de R$ 9,6 mil. O casal fez o depósito e, ao longo das tratativas sobre o contrato, verificou inconsistências no nome apresentado pela mulher que se dizia a corretora responsável pelo anúncio. As vítimas perceberam, então, que caíram em um golpe e que os criminosos usavam nomes falsos para dificultarem sua identificação.
Após trabalho de inteligência e monitoramento, com pedidos de medidas cautelares, os agentes chegaram à identificação dos dois criminosos. Ao longo das investigações, os policiais verificaram pelo menos 22 procedimentos registrados com o mesmo modus operandi dos golpistas, além de constatarem que os endereços das supostas imobiliárias responsáveis pelo aluguel dos imóveis não existiam.
A apuração levantou também que os crimes são cometidos pelo menos desde 2018. Os agentes verificaram que, com o dinheiro obtido de maneira ilícita, o casal adquiria não apenas bens e imóveis, como também faziam gastos ostentativos com viagens, cruzeiros e jóias.