De acordo com o delegado Victor Tuttman, titular da unidade, o esquema funcionava de duas formas: em uma delas, lojas em Volta Redonda praticavam preços muito abaixo do mercado, afetando gravemente outros comerciantes; já na outra, duas fábricas instaladas no município de Barra do Piraí produziam milhares de pneus, burlando as normas que regem o setor, chegando a falsificar as marcas impressas no material.
Ainda segundo o delegado, o empresário gravava nos pneus que fabricava selos do Inmetro que haviam sido obtidos por outras empresas, após estas atenderem às rigorosas exigências daquele Instituto. Além disso, as fábricas estavam instaladas em áreas residenciais, não possuíam qualquer sistema de controle de resíduos e impactavam, de maneira grave, a localidade, inclusive com materiais nocivos à saúde humana. As fábricas possuíam formas que, submetendo os pneus a altíssimas temperaturas sem qualquer sistema de proteção contra incêndio, gravavam na borracha as marcas de outros fabricantes.
A operação atingiu todas as plantas comerciais e industriais que integravam o esquema. Todos os estabelecimentos foram interditados e os apreenderam grande quantidade, ainda não contabilizada, de pneus irregulares.
As investigações prosseguem para apurar a participação de outros empresários no esquema.