As investigações tiveram início após os agentes receberem uma notícia-crime de uma acompanhante, que foi procurada por um homem por meio de aplicativo de mensagens, após veicular um anúncio dos seus serviços em uma plataforma digital. O interlocutor, que se identificou apenas pelo primeiro nome, passou a especificar suas predileções, deixando claro que estava a procura de crianças para manter relações sexuais, chegando a enviar um vídeo pornográfico. O homem ainda fez uma proposta ofertando uma grande quantia em dinheiro para que sua filha de 9 anos fosse cooptada para a prática de atos sexuais.
Diante da gravidade dos fatos, a comunicante foi orientada pela equipe da delegacia a manter contato com o pedófilo, simulando interesse, a fim de angariar novas informações para subsidiar as investigações. O autor fez menção a outra mulher que estaria disposta a oferecer a própria filha de 1 ano e 6 meses para esta prática. Ao longo da conversa, o investigado enviou outros três vídeos com conteúdo de pornografia infanto-juvenil.
Com as informações, foram iniciadas diligências para qualificar o interlocutor, bem como identificar o local onde ele encontrava escondido. Em seguida, a 12ª DP representou pela busca e apreensão e afastamento de sigilo de dados dos dispositivos eletrônicos eventualmente encontrados na posse do investigado, tendo sido a representação acolhida pelo juízo da 21ª Vara Criminal da Capital.
Em cumprimento ao mandado judicial, os policiais detiveram o acusado em sua residência, tendo sido encontrados grande quantidade de vídeos de pornografia infantil armazenados no aparelho celular do investigado. Os agentes também descobriram, após vasculhar os dispositivos eletrônicos, que o investigado operava uma plataforma digital através da qual realizava a venda de pacotes com conteúdo audiovisual de pornografia infanto-juvenil, os quais eram transmitidos via aplicativo de mensagens aos compradores.