A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Rio Verde, cumpriu mandado de prisão preventiva em desfavor de um detento da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Jataí por extorquir vítimas que compartilharam fotos íntimas. O detento agia por meio de perfis falsos em redes sociais, se passando por mulheres. Ele enviava fotos sensuais e, posteriormente, solicitava uma foto íntima que comprometia assim a imagem da vítima.
Contra o investigado já haviam sido cumpridos mandados de buscas há 10 dias, na cela do presídio e em três residências vinculadas ao suspeito. Na data de ontem (26), a Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão preventiva dele na CPP e mais dois mandados de buscas em residências vinculadas ao investigados.
Logo após, o investigado contatava a vítima, se passando por mãe ou pai da falsa menina (que alegava ser menor de idade) e exigia depósito em dinheiro para não denunciar os fatos. Em alguns casos, o criminoso ameaçava, caso não recebesse o valor solicitado, divulgar as fotos sensuais das vítimas em redes sociais e ainda enviar as imagens para a família do extorquido.
Para mensurar a tamanha audácia do criminoso, em uma situação comprovada, ele se identificou como delegado de polícia, inclusive, utilizando uma foto de um delegado no perfil do aplicativo WhatsApp, dizendo que era para a vítima transferir o valor solicitado para ele não ser preso.
Durante o cumprimento de mandado de busca na cela em que o detento se encontra preso, na cidade de Jataí, os policiais civis e penais apreenderam 11 aparelhos de telefones escondidos em fundos falsos nas paredes e camas da cela. A Polícia Civil também cumpriu mandados de buscas nas casas de familiares e partícipes do investigado, onde foram apreendidos vários comprovantes de depósitos bancários e demais elementos de prova.
As investigações prosseguem no sentido de apurar o envolvimento de outros detentos e demais pessoas, o que pode configurar os delitos de associação ou organização criminosa, além da extorsão já ocorrida.
Após análises nos aparelhos de telefones apreendidos na cela, foi possível constatar um número bem maior de vítimas, inclusive de outros Estados da Federação, que ainda não registraram ocorrência. No entanto, estas vítimas realizaram depósito de valores temendo que as imagens compartilhadas fossem divulgadas ou que fossem denunciados à polícia.