Hamilton Taurino, 53 anos, sempre amou animais . Contudo, ele não pode ter um em casa por causa das alergias de sua esposa. Mesmo assim ele e seu filho sonham em um dia terem algum animalzinho de estimação.
Enquanto a solução para a alergia da esposa não chega, para ficar perto dos bichinhos, o autônomo (que também trabalha na área de refrigeração) criou um serviço de transportes de animais, o Taxi Dog. Em entrevista ao Canal Pet, ele conta um pouco sobre esse trabalho.
Como nasceu o Taxi Dog
Há cerca de dois anos, Hamilton estava na casa de um amigo quando o cachorro do colega começou a se debater. Desesperados, os dois começaram a chamar um carro para levar o animal para o veterinário e ninguém queria socorrer.
“Eu até comentei com ele, que muitas vezes não querem levar o animal que não tem nenhum problema, imagina com ele se debatendo? Chamei minha esposa e a gente socorreu, eu vi que ninguém queria socorrer e pensei ‘vou começar a levar para ver se dava certo’’, conta.
O plano funcionou e hoje Taurino transporta todos os tipos de animais de estimação, cachorros, gatos, até passarinhos. Ele costuma fazer de três a quatro corridas ao dia. Seus clientes o conhecem e o chamam pelas redes sociais.
Amor pelos bichinhos
Hamilton acrescenta que a maioria das corridas é para levar os animais para os veterinários. Em segundo lugar vem a ida para o pet shop e ocasionalmente, para passeios. “Na semana passada, inclusive, tive muitas chamadas para uma exposição de Pit Bulls que aconteceria em um shopping daqui, em Olinda.”
Ele revela que a parte que mais gosta do seu trabalho animal é ver como os tutores amam seus bichinhos. “A pessoa que me chama ama muito os animais, são pessoas bem humanas e sensíveis, de bom coração”. Agora, a parte que menos gosta, é que muitas vezes, por conta do trânsito, atrapalha na hora de socorrer os animais de estimação. Mas, tirando isso, Taurino não se imagina fazendo outra coisa. “Para fazer minha profissão tem que amar muito os bichinhos”.
Além dessas situações de afeto, o motorista também vive histórias divertidas, como a situação que descreve envolvendo um rottweiller e um alto-falante.
“Teve um transporte que eu fiz, meu carro tem uma pequena parte para o auto falante, eu fui levar um Rottweiler bem novinho que queria porque queria entrar no alto-falante. Foi bem engraçado esse momento, ver um cachorro daquele tamanho tentar entrar lá, mas no final deu tudo certo”.