A vontade de mudar de vida faz com que se dediquem ao trabalho e, em alguns casos, sejam contratados após a pena. É o que acontece na Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur).
A ressocialização de reeducandos caminha lado a lado com a chance de voltar ao mercado de trabalho. Empresas parceiras do Patronato Penitenciário, órgão de execuções penais da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), dão oportunidades a muitos, 1.220 atualmente. E essa oportunidade tem se transformado em garantias de emprego, como acontece na Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur).
A instituição conta com 17 reeducandos que cumprem pena no regime aberto e trabalham em vários setores, incluindo o Museu Cais do Sertão, no bairro do Recife, onde fazem serviços de manutenção. “Gosto muito de trabalhar aqui, faço serviços de manutenção e limpeza, e o pessoal nos trata com atenção. Para mim é uma terapia ocupacional. Meus planos são terminar o curso de Radiologia e fazer faculdade de Engenharia”, ressalta Diogo Santiago, reeducando que trabalha no museu há um ano e três meses.
Além destes, quatro ex-reeducandos que já concluíram a pena, foram contratados como encanador, pedreiro, advogado e serviços gerais, e um outro deve ser contratado pela empresa no início de 2021. De acordo com Josafá Reis, superintendente do Patronato Penitenciário, “o reeducando que se emprega através dos convênios com empresas públicas ou privadas têm aproveitado a oportunidade para transformar a vida através do trabalho. A carteira assinada é o resultado de um desempenho muito produtivo”.
Além da Empetur, outras 32 empresas no estado contam com o trabalho de ex-reeducandos, contratados pelo regime CLT, a exemplo das indústrias: Algobom, que atua na produção de panos para limpeza; e da GI Granplast, do setor de construção.
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