A Copel concluiu um ciclo de ações educativas e exercícios simulados com o objetivo de orientar comunidades ribeirinhas que moram no entorno das usinas hidrelétricas da companhia para agirem de forma segura em eventuais emergências nas proximidades. Encerradas nesta semana, as ações aconteceram em 26 municípios do Paraná.
Todo o trabalho, previsto na Política Nacional de Segurança de Barragens estabelecida pela lei nº 12.334/2010, busca divulgar informações importantes a respeito da operação das usinas e apresentar os planos de ação estruturados pela Copel e a Defesa Civil para situações emergenciais.
As equipes iniciaram as atividades junto à população na primeira semana de julho, na Usina Governador Ney Braga (Segredo), em Reserva do Iguaçu. Na sequência, passaram por outras 12 hidrelétricas nas bacias dos rios Iguaçu e Tibagi e Litorânea.
O trabalho foi finalizado no Sudoeste do Estado, com os simulados sobre situações de emergência na área de influência da Usina Govenador José Richa (Salto Caxias), em Realeza, Capitão Leônidas Marques, Nova Prata do Iguaçu e Santa Izabel do Oeste.
“Com os eventos climáticos severos, devido ao impacto das mudanças climáticas extremamente relevantes, esses simulados ajudam a mitigar eventuais impactos nas pessoas e ativos hidrelétricos da Copel, além de serem práticas atualizadas e em dia com a regulação do Sistema Elétrico Brasileiro”, afirmou o diretor-geral da Copel Geração e Transmissão, Moacir Bertol.
O diretor de Operação e Manutenção das usinas da Copel, Márcio Ploszaj, participou de exercícios simulados e conversou diretamente com a população. “A receptividade nas comunidades próximas às usinas foi muito boa. Eles entenderam que essa é mais uma ação de cuidado e respeito da Copel com as pessoas”, conta.
Durante as visitas os moradores também foram convidados a participar de um simulado de evacuação da área onde vivem. Essa sensibilização para a importância de comportamentos preventivos e o treinamento da população atendem às regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Márcio explica que a cada encontro era esclarecido o papel de cada um na construção de uma cultura preventiva e de segurança.
“A Copel realiza as inspeções e manutenções para manter as barragens sempre seguras e prepara os planos de ação para uma eventual emergência. A Defesa Civil usa as informações da companhia para elaborar os planos de contingência. E população precisa participar dos cadastros e treinamentos para saber como agir e se proteger caso algo aconteça”, detalha.
PLANOS DE AÇÃO – As equipes de operação das usinas hidrelétricas contam com Planos de Ação de Emergência (PAEs) que indicam passo a passo o que deve ser feito em situações de risco. Cada público envolvido deve saber como se comportar e o que fazer nesses casos – isso tudo foi apresentado nos treinamentos realizados com os colaboradores e a comunidade.
Nos exercícios simulados, as pessoas conhecem o modo de emissão dos alertas e acionamento de sirenes, as rotas de fuga e pontos de encontro sinalizados com placas, além da forma de se proteger em cada caso. Para a proteção de todos, as placas de sinalização devem ser bem cuidadas e mantidas nos locais corretos.
O aposentado Adão Martins participou com a esposa, Alzira Martins, de um dos simulados em Realeza e ficou satisfeito com a oportunidade de conversar diretamente com a equipe da Copel, e diz que está mais tranquilo. “Agora a gente sabe onde tem que ir se acontecer alguma coisa, e antes a gente não sabia”, disse.
CADASTRO – Na região de cada empreendimento foi atualizado o cadastro de quem mora ou tem alguma propriedade na chamada Zona de Autossalvamento (ZAS), que são áreas mais próximas às barragens e que poderiam ser afetadas mais rapidamente se houvesse uma emergência. Esse levantamento resultou na realização de 817 entrevistas e 1.608 cadastros para as 12 usinas. Os dados coletados são fundamentais para a definição de estratégias adequadas de evacuação e resgate, se necessários.
Fonte: Agência Estadual de Notícias