O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, participou nesta sexta-feira (19) de uma reunião online com representantes dos trabalhadores das indústrias de alimentos. Mais de 20 pessoas ligadas aos sindicatos, associações, federações, que representam os cerca de 100 mil funcionários de empresas frigoríficas puderam discutir diretamente com o secretário medidas e situações ligadas ao setor.
O Paraná tem mais de 300, muitos instalados em cidades de pequeno porte. O secretário disse que o momento é de parceria entre o governo e a iniciativa privada. “Sabemos de todas as condições específicas desse tipo de planta industrial. Como médico da saúde ocupacional, vejo o quanto a saúde do trabalhador é importante no momento”, afirmou o secretário. “Em cidades pequenas, a importância da medicina ocupacional dessas empresas é ainda maior, considerando que a capacidade de atuação é mais efetiva que a do próprio município ou mesmo do Estado.”
ATUAÇÃO – A Secretaria da Saúde, por meio do Centro Estadual de Saúde do Trabalhador (Cest), inspecionou 42 empresas do setor com mais de 500 funcionários e monitora todos os frigoríficos com orientações, mapeamento de risco e condução de casos.
Até o dia 9 de junho, o Cest tinha o registro de 567 trabalhadores com diagnóstico positivo para Covid-19, dois óbitos (1 trabalhador e 1 contato) e mais 17 casos confirmados que são contatos de empregados das empresas.
DIFERENCIADAS – O médico do trabalho, Zuher Handar, consultor dos sindicatos, reafirmou a preocupação. “Pelas condições de trabalho diferenciadas, precisamos de um olhar especial para os trabalhadores desses locais. As condições são específicas, como umidade alta e temperatura baixa. Solicitamos, portanto, protocolo para as medidas a serem tomadas em casos de surtos pela Covid-19.”
Entre os encaminhamentos foram elencados alguns temas como o mapeamento de risco epidemiológico, incluindo o transporte e escalonamento de escalas.
RISCO POTENCIAL – Beto Preto disse que áreas e setores diferentes têm necessidades diferentes. “Diversas áreas possuem risco potencial ampliado. Precisamos tomar decisões rapidamente para poupar vidas e manter não só os trabalhadores, como também as suas famílias e a comunidade em segurança.”
Nos próximos dias será realizada outra reunião com o grupo a fim de tratar de novas estratégias para o enfrentamento à Covid-19.
PARTICIPAÇÃO – Participaram da reunião a diretora de Atenção e Vigilância da Secretaria da Saúde, Maria Goretti Lopes; representantes da Federação dos Trabalhadores de Alimentos do Paraná, da Federação dos Empregados em Indústrias de Alimentação do Paraná, sindicatos, Central Única dos Trabalhadores, consultores e médicos ligados à saúde ocupacional.
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