Uma pesquisa divulgada na Revista Latino-Americana de Estudos Socioculturais do Esporte, publicada na última sexta-feira (27/11), aponta que o Geração Olímpica, do Governo do Estado, que investe anualmente mais de R$ 4,3 milhões em 1.252 bolsas, é o maior programa de incentivo ao esporte de rendimento do Brasil, em nível estadual. Apenas a Bolsa Atleta desenvolvido pelo Governo Federal tem números maiores.
“Esse trabalho feito no âmbito dos programas de bolsa-atleta ajuda muito para a compreensão do papel que estamos desenvolvendo e para balizar nossas ações no futuro”, celebrou o superintendente do Esporte do Paraná, Helio Wirbiski.
A pesquisa foi produzida por Cahuane Corrêa, doutoranda no Programa de Educação da Universidade Federal do Paraná – UFPR, e Thiago Ziemer Pereira, profissional de Educação Física. Eles entraram em contato com instituições governamentais de todos os estados para fazer o levantamento, principalmente nos quesitos relacionados a número de bolsas e valores aportados.
Confira os TOP 5 do ranking em investimento e bolsas ofertadas:
INVESTIMENTO
Paraná: R$ 4.352.400,00
Minas Gerais: R$ 4.212.000,00
Pernambuco: R$ 4.151.847,00*
São Paulo: R$ 3.890.000,00
Goiás: R$ 2.250.000,00
NÚMERO DE BOLSAS
Paraná: 1.250
Goiás: 600
São Paulo: 547
Pernambuco: 414*
Distrito Federal: 266
*Os números de Pernambuco são a soma de dois programas distintos.
Confira a pesquisa completa: revistas.ufpr.br/alesde/article/view/72122/42095
Ainda em relação à pesquisa, vale ressaltar que, considerando números absolutos, o Ceará conta com 4 mil atendimentos e orçamento de R$ 4,5 milhões. Mas a pesquisa aponta que “não se pode considerar o Programa Ceará Atleta – Bolsa Esporte como uma iniciativa que fomenta a melhoria do rendimento e da participação do estado em competições, mas sim como um programa de auxílio familiar”, voltado a crianças de famílias com baixa renda.
IMPACTO – A pesquisadora Cahuane Corrêa conta que foi possível notar a diferença do impacto do incentivo ao esporte em diversos estados. “Com os dados, podemos observar que o Paraná possui a maior abrangência ao considerar o número de bolsas e de investimentos, cumprindo o seu papel de fomentar o esporte de rendimento”, ressalta.
Para Ziemer, pesquisas como essa são de grande importância para se criar um mapa da situação nacional. “Em 2018, quando fui bolsista administrativo do programa Geração Olímpica, já tinha a curiosidade de descobrir se o Paraná era o estado que mais investia no esporte. E apenas por meio de estudos é que podemos compreender como cada estado planeja políticas públicas voltadas ao esporte. A sociedade esportiva precisa estar ciente para aonde estão sendo destinados os recursos”, completa.
PROGRAMA – Em 2020, o Governo do Estado e a Copel, patrocinadora exclusiva, mantiveram o programa com os mesmos valores e vagas do ano anterior. Além disso, o Geração Olímpica contou neste ano com mais de três mil inscrições, número recorde. “Essa confiança incentiva ainda mais a continuidade do trabalho, principalmente em momento tão difícil que todos, incluindo atletas e técnicos, têm passado com a pandemia”, disse a coordenadora do programa, Denise Golfieri.
RESULTADOS – Os maiores destaques em 2020, ano cujas competições foram limitadas, ficaram a cargo dos dois ouros de Ana Sátila na Copa do Mundo de Canoagem Slalom e dos dois ouros da Ágatha Bednarczuk, ao lado de Duda Lisboa, no Circuito Aberto de Vôlei de Praia.
Entre os técnicos, Rodrigo Ferla, da seleção brasileira do parataekwondo, confirmou sua presença na Paralímpiada que será realizada em Tóquio, Japão, em 2021.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:
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