(ATUALIZADA ÀS 11H40) Os investimentos públicos e privados na atividade portuária seguem a todo vapor no Paraná, mesmo com crise causada pela pandemia. A empresa pública que controla os Portos de Paranaguá e Antonina executa obras importantes de infraestrutura, o que anima empresas privadas a investirem na ampliação dos negócios.
“O poder público precisa atuar como facilitador, não como entrave. Ao realizar grandes obras, além de oferecer mais eficiência e qualidade, também mostramos para a iniciativa privada que é seguro investir também. Precisamos crescer juntos, é uma simbiose. Todos ganham”, destaca o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
A autoridade portuária que administra o porto, e responsável por oferecer a infraestrutura necessária às atividades de movimentação de cargas, deve investir R$ 703 milhões nos próximos anos. Somente na contratação do projeto executivo de modernização do Corredor de Exportação Leste serão aplicados R$ 4 milhões.
Com a previsão de mais estrutura e demanda crescente, as empresas que atuam no embarque e desembarque de produtos estão animadas. O projeto prevê a ampliação da estrutura do Terminal de Granéis Sólidos de Exportação, que passará a ter novos armazéns. As obras começam este mês.
Atuando em portos de norte a sul do País, a Rocha trabalha com granéis de exportação (soja e milho), granéis sólidos de importação (fertilizantes), granéis líquidos, celulose, produtos siderúrgicos e cargas em geral e de projetos.
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Corredor de Exportação é planejado para os próximos 50 anos
A empresa Portos do Paraná já contratou o projeto básico para a modernização e remodelação do Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá. A obra aumentará a capacidade operacional do complexo em 100%.
O diretor-presidente da empresa, Luiz Fernando Garcia, explica que o objetivo é dar condições para que o complexo atenda a demanda com excelência para os próximos 50 anos.
“Considerando a potência dos shiploaders (equipamentos carregadores de navios) e a demanda de mercado, vamos investir já neste projeto para chegar ao volume de até 18 mil toneladas por hora, ou seja, 6 mil toneladas/hora em cada berço de atracação”, afirma Garcia.
PROJETO – O projeto básico para as obras de repotenciamento do complexo será a base para o projeto executivo e também das obras que dobrarão a capacidade de embarque de grãos e farelo pelos três berços exclusivos do corredor (212, 213 e 214). O objetivo é elevar a produtividade para reduzir o tempo de operação, aumentar a rotatividade das embarcações e diminuir o custo de toda a cadeia.
A proposta é desenvolver um novo sistema com a instalação de novas correias transportadoras e a aquisição de novos equipamentos eletromecânicos. As novas correias serão enclausuradas – protegidas de modo a evitar perdas na carga, sujeira da cidade e prejuízo à qualidade do ar e ao meio ambiente como um todo em função do pó. No mesmo projeto estão previstas todas as obras necessárias para que o Corredor de Exportação opere em plena capacidade.
NA PRÁTICA – O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá é formado por nove terminais privados: Cargill, AGTL, Interalli, Centro Sul, Coamo, Louis Dreyfus, Cotriguaçu, Cimbesul e Rocha, que somam capacidade global de 1,025 milhão de toneladas.
Há, ainda, os terminais públicos: um silo vertical, com capacidade estática de 100 mil toneladas, e quatro silos horizontais, com capacidade total de 60 mil toneladas.
O modelo paranaense para embarque de granéis de exportação é único no Brasil. A carga pode ser embarcada simultaneamente nos três berços de atracação exclusivos para granéis e é possível que um mesmo navio receba mercadoria de diferentes produtores, em sistema de pool.
As estruturas de armazenagem são interligadas por correias transportadoras. As linhas levam os produtos até os porões dos navios, que são carregados por seis equipamentos (shiploaders) que operam em três berços preferencias (212, 213 e 214).
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