O Paraná está encerrando o plantio de várias culturas dentro da temporada 2020/21, entre elas soja e as primeiras safras de milho, feijão e batata. O Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, produzido por técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, referente à semana de 15 a 20 de novembro, detalha as informações sobre essas e outras culturas.
Em relação à soja, o documento relata que já foram semeados aproximadamente 5,11 milhões de hectares, o que corresponde a 92% da área estimada. O volume é um pouco inferior à da safra anterior, nesse mesmo período, quando 5,24 milhões de hectares estavam semeados. Das lavouras a campo, 70% estão em condições boas, 27% medianas, e apenas 3% consideradas ruins.
MILHO E FEIJÃO – As sementes de milho da primeira safra já se estendem por 98% da área prevista, restando menos de 7 mil hectares para serem plantados. Por enquanto, 71% estão em condições consideradas boas, mas, apesar das chuvas observadas na semana, houve um declínio em relação à semana anterior, quando esse volume estava em 74%.
O plantio da primeira safra de feijão, na temporada 2020/21, está bem adiantado no Sul do País e em São Paulo. Na região Centro-Oeste, começa agora. O Paraná já semeou cerca de 95% da área estimada para essa cultura. A maior parte (75%) das lavouras está em desenvolvimento vegetativo, 20% em floração, e 7% na fase de frutificação. A previsão é que, em meados de janeiro, um volume significativo do grão paranaense chegue ao mercado,
BATATA E TRIGO – A primeira safra da batata avançou dois pontos percentuais no plantio nas duas últimas semanas, atingindo agora 99% do total previsto. No entanto, as lavouras também apresentaram uma piora nas condições, basicamente causadas pelo clima. De 86% consideradas boas, agora está em 83%. A expectativa é por chuvas regulares e consistentes para garantir produtividade e qualidade.
Se o plantio avança em algumas culturas, a colheita do trigo está para ser finalizada no Paraná. Nesta semana, o volume alcançou 99%, restando apenas algumas áreas pontuais. Na próxima semana haverá uma estimativa mais realista sobre a produção, mas deve ficar próxima de 3,1 milhões de toneladas.
MANDIOCA E MAÇÃ – Os produtores de mandioca comemoraram as chuvas, ainda que irregulares e localizadas, pois permitiram alguns passos a mais na colheita. Sem condições climáticas ideais, as preferências dos produtores, no entanto, são pelo término do plantio ou o trato cultural para as novas lavouras.
O documento também faz uma análise da produção de maçã no mundo, Brasil e no Paraná. Terceira fruta mais produzida mundialmente, tem na China o maior produtor, com 45,5% do volume de 86,1 milhões de toneladas.
No Brasil, é a quinta fruta em volume colhido (1,2 milhão de toneladas). O Paraná ocupa a terceira colocação com 28,4 mil toneladas no ano passado, quase metade dela concentrada na região de Curitiba.
PECUÁRIA – No setor pecuário, o boletim semanal registra o crescimento das exportações brasileiras de carne bovina, que chegaram a 86,9 mil toneladas na segunda semana de novembro. Também há uma análise sobre as perspectivas em relação ao preço da arroba, que, comparado a outubro de 2019, subiu 59%.
Na suinocultura, o registro é de evolução em 21% na exportação entre janeiro e outubro deste ano, comparado com o mesmo período de 2019. O Paraná já enviou para o Exterior 116,6 mil toneladas, acrescendo US$ 256,4 milhões em sua receita financeira.
Devido ao aumento no preço do milho, os avicultores paranaenses tiveram acréscimo de quase 9% nos custos de produção de frango de corte em outubro. Em relação à exportação, o Brasil colocou 3,498 milhões de toneladas no mercado internacional até outubro. Maior exportador, o Paraná contribuiu com 1,366 milhão de toneladas.
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