O projeto Banco de Alimentos Comida Boa, do Governo do Paraná, foi premiado nesta sexta-feira (11) com o Stevie Awards em Istambul, na Turquia, um dos principais prêmios empresariais internacionais, criado em 2002 para valorizar as contribuições sociais de organizações do mundo todo. A premiação foi conquistada pela Ceasa Paraná, que levou o ouro na categoria de empresa do ano de alimentos e bebidas de médio porte durante o 21.º Annual International Business Awards na Turquia.
O prêmio, que reúne entidades públicas e privadas com e sem fins lucrativos, recebeu nesse ano 3,6 mil inscrições de organizações de 62 países. A instituição paranaense foi a única representante da América Latina a receber a premiação entre todas as categorias.
O banco de alimentos Comida Boa se tornou um exemplo de política pública de combate ao desperdício de alimentos ao garantir o reaproveitamento de frutas, verduras e outros produtos alimentícios que iriam para o lixo por não terem condições de serem comercializados. Dessa forma, o programa beneficia cerca de 1,3 milhão de pessoas em vulnerabilidade social, direta e indiretamente. Por mês, são distribuídas mais de 440 toneladas de alimentos por mês a centenas de instituições assistenciais do Paraná.
“Com muito orgulho recebemos esse prêmio internacional, concorrido por empresas do mais alto calibre do mundo todo. Estamos muito orgulhosos pelo fato de a Ceasa estar representando não só o Paraná, mas o Brasil nessa premiação tão importante”, destacou o presidente da Ceasa, Éder Bublitz, na cerimônia de premiação.
Bublitz enfatizou o papel do governador Carlos Massa Ratinho Junior que bancou a ideia de se criar um banco para evitar o desperdício de alimentos no Paraná. “O governador assumiu esse compromisso, de que não haveria mais desperdício de comida no Paraná. E o resultado chegou agora, com essa premiação internacional, que é o reconhecimento desse bom trabalho”, concluiu o presidente da Ceasa.
Em suas avaliações, os juízes do Stevie Awards destacaram o serviço prestado pelo Comida Boa a milhares de pessoas e organizações sociais no combate à fome e ao desperdício de alimentos. Os alimentos são doados in natura ou processados para 342 instituições que prestam assistência social, como creches, orfanatos, casas de recuperação, abrigos e hospitais públicos, além de também serem utilizadas no contraturno escolar e repassadas diretamente a famílias em situação de vulnerabilidade social.
ENTIDADES ASSISTENCIAIS – Criado pelo Governo do Estado em abril de 2020 por causa da pandemia, o programa evitou de imediato o desperdício de aproximadamente 50 toneladas de alimentos que eram descartados diariamente. A iniciativa é coordenada pela Ceasa Paraná e, depois de um período inicial de funcionamento em Curitiba, está atualmente disponível nas demais Centrais de Abastecimento, em Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá.
A primeira destinação dos alimentos é para as entidades de assistência social. Quase metade deste volume passou a ser reaproveitado. Ao todo, mais de 440 toneladas são doadas por mês, o que representa um volume anual de 5,3 mil toneladas de alimentos.
Atualmente, 342 entidades, como casas de longa permanência de idosos, hospitais públicos, casas de recuperação, projetos de contraturno escolar, abrigos, associações de moradores e famílias em situação de vulnerabilidade social, recebem os alimentos.
A iniciativa também conta com a participação do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen) para a ressocialização de pessoas privadas de liberdade. Elas trabalham no processamento dos alimentos e participam de atividades de capacitação em educação alimentar para, posteriormente, repassarem o conhecimento à comunidade.
CRIADOUROS DE ANIMAIS – A segunda destinação dos alimentos do programa atinge os criadouros de animais. Por meio de uma parceria que envolve o Instituto Água e Terra (IAT) e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), esse alimento, que já não atende mais aos padrões de comercialização e nem pode ser consumido por humanos, ajuda a matar a fome de diferentes espécies de animais silvestres, boa parte deles resgatados em situação de abandono ou maus-tratos.
São, em média, 29 toneladas viabilizadas por mês pelo programa do Governo do Estado para o Criadouro Conservacionista Onça Pintada, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, em uma parceria que completou um ano em setembro.
A alta capilaridade do programa, somada aos múltiplos benefícios propiciados, fez com que o programa Banco de Alimentos Comida Boa fosse apresentado na Organização das Nações Unidas (ONU) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior como um exemplo de iniciativa governamental.
Fonte: Agência Estadual de Notícias